A monja budista Coen Roshi, missionária oficial da tradição Soto Shu, visitou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta segunda-feira (30) em Curitiba. Após o encontro, a religiosa relatou ter encontrado um homem sereno e de muita fé. “Ele acredita que uma coisa muito maior o conduz. E esta fé não é de uma religião em particular. Disse que só tem a agradecer, uma criança que nasceu tão pobre e chegou a ser presidente da República”, contou.
Preso político há 115 dias, Lula tem buscado maneiras de resistir ao cárcere com serenidade e usa o tempo para ler e meditar. “Ele tem lido e meditado muito. Disse que está ficando mais manso e tem acalmado quem o visita. E agradece profundamente aqueles que tem se mantido com ele, na Vigília Lula Livre, porque isso é um ato de um amor profundo”, disse a monja.
Ela comentou sobre a expectativa de visitar o ex-presidente e a satisfação de encontrar nele uma esperança para o país. “Foi uma alegria por poder encontrá-lo e falar com ele e a tristeza de que seja nessa circunstância. Ele me disse que dorme tranquilo à noite, que seu coração está em paz. Que está forte e firme. E que acredita no Brasil. Que o país tem condições de se reerguer”, relatou.
De acordo com a religiosa, ao final da visita, Lula mandou um recado. “Ele disse que vai me encontrar lá em São Paulo, no Pacaembu, onde fica meu templo”, contou. “A liberdade é não sentir raiva de ninguém. Nós só queremos Lula Livre”, encerrou.
