Ex-presidente Lula defende mais parcerias entre Brasil e África do Sul

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Em uma palestra para empresários nesta sexta-feira (16) em Johanesburgo, na África do Sul, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu mais parcerias entre os setores empresariais do Brasil e da África do Sul. Para Lula,  embora essa relação tenha crescido nos últimos anos, os dois países mal começaram a explorar esse potencial. Mais tarde Lula se encontrou com o presidente sul-africano Jacob Zuma.

“É uma vergonha o fluxo comercial de apenas 3 bilhões em 2011 entre a África do Sul e o Brasil. Ainda mais em um momento em que a crise econômica atinge fortemente a Europa e os Estados Unidos”, afirmou Lula. Uma crise que estaria forçando um “novo jeito de pensar e agir” dos governos em buscas de solução para geração de emprego e manutenção do crescimento. Uma dessas novas formas seria a diversificação das parcerias comerciais. “Se nós formos esperar a Europa e os Estados Unidos, eles irão se recuperar, mas vão pensar primeiro nos seus problemas. Nós que temos que pensar em nós.”

Para Lula, a África do Sul, como maior economia da África, e o Brasil, como a maior economia da América do Sul, podem fazer muito para aumentar as relações entre os dois continentes e também para auxiliar no desenvolvimento de países vizinhos com menos recursos. “A integração não pode ser apenas um discurso. Tem de haver coisas concretas.”

Uma das principais áreas em que o ex-presidente defendeu parcerias foi o setor energético. Para enfrentar os desafios da África do Sul e do continente africano na geração de energia, principalmente por meio da experiência brasileira na construção de hidroelétricas e linhas de transmissão. E também no cultivo de alimentos, onde a tecnologia de agricultura tropical e o financiamento de pequenas propriedades familiares pode ajudar a impulsionar a agricultura da África do Sul.

Lula defendeu ainda a necessidade de mais encontros entre as entidades empresariais e universidades dos dois países, para que ambos se conheçam mais. E citou que o Brasil pode e deve buscar aprender mais com a experiência sul-africana na organização da última Copa do Mundo.

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