Um caso preocupante choca o Brasil nesta semana. Uma criança de apenas três anos apresentou perda de forças nas pernas, febre e dores musculares no Pará, em um caso que está sendo investigado como poliomelite. A criança não estava completamente imunizada, e este pode ser o primeiro caso de uma doença que se considerava erradicada no país. É mais uma tragédia que marca o que Bolsonaro fez pelo Brasil.
A poliomelite, também conhecida como paralisia infantil, é uma doença contagiosa aguda causada por um vírus que pode infectar crianças e adultos. Em casos graves, pode acarretar paralisia e morte, e a única forma de prevenção é a vacina. É aí que entra o desgoverno de Bolsonaro. O Brasil, que sempre foi exemplo de estratégia vacinal para o mundo, hoje vê o quadro geral de vacinação de crianças cair a índices perigosos.
Em maio, a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) incluiu o Brasil na lista de países com alto risco de reintrodução da poliomielite. O problema é que a cobertura atual está em 69,47% em crianças com até um ano, um dos piores níveis da série histórica. E para garantir que a doença permaneça erradicada, ao menos 95% das crianças devem estar vacinadas, o que não acontece, justamente, desde 2015.
O discurso antivacina de Bolsonaro, fato inédito na história do país, associado ao desmonte do Ministério da Saúde, colocaram a população brasileira em risco, sobretudo as crianças. Os baixos índices de vacinação trazem risco de trazer de volta ainda outras doenças, como a rubéola, a caxumba, a catapora e o sarampo.
Não é preciso ser nenhum estatístico, historiador e especialista para perceber como a vida da gente andou para trás desde que Jair Bolsonaro se tornou presidente. Programas sociais de renome internacional foram desmontados, a reputação do país, jogada no lixo e o povo, largado à própria sorte. Muita coisa ruim está de volta ao cotidiano dos brasileiros e brasileiras desde que Jair chegou.
Uma nova emergência nacional também mostrou sua triste face em novas estatísticas: o Brasil voltou oficialmente ao Mapa da Fome.
No Brasil, 33 milhões de pessoas passam fome. Muitas crianças só têm acesso a refeições na escola, e lá só têm bolacha e suco para comer, ou precisam dividir um único ovo cozido entre si. Para que elas não repitam o que nem chega a ser uma refeição, recebem um carimbo na pele para evitar que alguém as alimente novamente.
É neste país que o governo de Jair Bolsonaro decidiu praticamente zerar a verba de programas alimentares no Orçamento de 2023. Ações importantes tiveram cortes que variam de 95% a 97% na verba prevista para o próximo ano, como o Alimenta Brasil.
A canetadas, o capitão censura alega sigilo para negar informações essenciais à sociedade. Durante a sua gestão, a alegação de sigilo como negativa às solicitações de informações através do portal Fala.BR, aumentou 663,08% em relação ao governo da ex-presidenta Dilma Rousseff (PT).
De acordo com dados do Painel de Acesso a Informação, mantido pela Controladoria Geral da União (CGU) divulgados pelo Congresso em Foco: “se durante o período petista apenas 2,6% dos acessos à informação foram negados sob a justificativa de sigilo, sob Bolsonaro o percentual saltou para 19,84%. O governo Temer também usou o mesmo argumento para negar 18,57% dos pedidos de informação durante a sua gestão”.
Pior, tentou amordaçar a imprensa. A pedido do senador Flávio Bolsonaro (PL), filho mais velho do presidente Jair Bolsonaro (PL), a Justiça de Brasília censurou reportagem do UOL sobre o uso de dinheiro vivo em 51 dos 107 imóveis comprados pela família Bolsonaro nos últimos 30 anos.
Somente após muita pressão da sociedade civil, o ministro da Educação Victor Godoy anunciou que recuou da decisão de bloquear R$ 2,4 bilhões da pasta, o que afetaria o funcionamento de universidades e institutos federais, e foi assinado dois dias antes do primeiro turno. Entre as contas ameaçadas estavam luz e água para hospitais, restaurantes universitários, editais para bolsa e outros.
Em um cenário em que a fome e a pobreza aumentam a olhos vistos, a violência política ameaça a democracia e tenta tirar do povo o direito de escolher o futuro que quer para si e seus filhos.
Bolsonaro acabou com toda uma estrutura de políticas, trazendo de volta um passado terrível que a gente não vê a hora de ver superado. No dia 30 de outubro, o Brasil voltará às urnas e, com tranquilidade, decidirá pelo fim dessa era de desgosto e tristeza. Falta pouco para deixar para trás o desmonte que Jair trouxe de volta ao Brasil, e destruição será para sempre o seu legado.