O ódio de Bolsonaro pela Cultura e por artistas vem de longe, e seu desprezo pelo povo brasileiro se traduz cotidianamente: nesta quinta (2), Bolsonaro vetou integralmente a Lei Aldir Blanc 2, que previa repasses do governo federal para apoio à Cultura, uma das áreas econômicas mais atingidas pela pandemia. O Brasil de Bolsonaro vive anos de destruição e dor. A volta da fome (que hoje assola 116 milhões de pessoas em insegurança alimentar), a inflação nas alturas, o preço da gasolina que não para de subir, o desemprego que não cede, a morte de mais de 660 mil brasileiros devido à gestão genocida do governo federal durante a pandemia de Covid-19: esses são apenas alguns dos problemas de responsabilidade direta de Bolsonaro.
Em vez de se dedicar a solucioná-los, o atual presidente prefere usar velhas táticas milicianas de coação contra quem se posiciona publicamente contra ele. É esta a estratégia que Bolsonaro e seus apoiadores vêm utilizando nas redes sociais contra artistas nacionais e internacionais que se manifestam contra ele e sua política de morte. Anitta, Leonardo di Caprio, Taís Araújo, Zélia Duncan, Pabllo Vittar, Daniela Mercury: a lista vai longe.
Uma das principais cantoras brasileiras de projeção internacional do Brasil hoje, Anitta deu uma aula recentemente sobre como é a estratégia feia usada pelo presidente Jair Bolsonaro para se promover nas redes sociais e criar cortinas de fumaça sobre os escândalos do governo. E é justamente aquilo que os leitores do Verdade na Rede estão feras em saber. Disse a cantora: “Eles estão com uma equipe de redes sociais mais jovem e descolada para justamente passar essa imagem dele, fazer o público esquecer as merdas com piadas e memes da internet que faça o jovem achar que ele é um cara maneirão, boa praça”.
Não é novidade nenhuma ver a cantora sendo alvo dos ataques diretos do próprio presidente da República. A mais recente envolve ainda outra celebridade, Leonardo DiCaprio, que vez por outra aparece criticando a política nociva de gestão ambiental dos últimos anos. “O Brasil abriga a Amazônia e outros ecossistemas críticos para as mudanças climáticas. O que acontece lá é importante para todos nós e o voto dos jovens é fundamental para impulsionar a mudança para um planeta saudável”, escreveu esta semana em seu Twitter.
Com a agenda aparentemente livre, Bolsonaro resolveu encher o peito para bradar contra o intérprete americano. “É bom o DiCaprio ficar de boca fechada em vez de ficar falando besteira”, bradou na mais recente troca de acusações entre eles. A ira do presidente da República é ainda maior justamente por conta de Anitta, que convocou o ator a se pronunciar sobre a importância de jovens tirarem o título de eleitor e se posicionarem na política. E provocou: “Vocês sabiam que ele sabe mais sobre a importância da nossa floresta Amazônica do que o presidente do Brasil?” É lógico que Bolsonaro não gostou.
Anitta cantou a bola, Bolsonaro foi lá e comprovou. Atacar artistas é uma das armas utilizadas pela milícia digital para manipular sentimentos de possíveis eleitores, o principal objetivo da lucrativa indústria de fake news. “As pessoas acabam esquecendo o que realmente importa, que é a forma como o país está caminhando, para votar pela identificação de fã que você tem pela pessoa. Aquela sensação de: queria ser amigo dele… logo, você votaria no seu amigo gente boa. E por aí vai a estratégia”, explicou Anitta.
Só na bancada bolsonarista no Congresso, 22 deputados e senadores publicaram postagens sobre a cantora no Twitter desde dezembro. De um grupo de 3,5 mil perfis de bolsonaristas influentes analisados, quase metade (1.678) atacou Anitta no período, afirma o jornal O Globo.
A cantora se tornou alvo da milícia digital recentemente após passar a se posicionar publicamente contra o atual presidente. Em seu show no festival internacional Coachella, usou figurino verde e amarelo e cravou: “A bandeira do Brasil e as cores da bandeira do Brasil pertencem aos brasileiros. Representam o Brasil em geral. Ninguém pode se apropriar do significado das cores da bandeira. Bolsonaro rapidamente compartilhou, e levou um block da cantora: “Ai, garoto, vai catar o que fazer, vai”.
Anitta também bloqueou o ex-ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, que disse que “a defesa da bandeira não pode ser feita “com letras esquisitas, danças imorais, uma série de coisas que são absolutamente incompatíveis com o verdadeiro valor da família, com os valores conservadores, com o que é o espírito do brasileiro”. Não foi a primeira vez que os dois tiveram embates públicos, e o pré-candidato a deputado federal pelo PL de São Paulo, recebeu o mesmo tratamento que seu ex-chefe.
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Músicas de artistas pra tentar engajamento
Sem a menor vergonha na cara, e querendo aumentar o alcance de suas publicações nas redes, Bolsonaro começou a usar músicas de artistas que se posicionam publicamente contra seu governo, como Anitta e Caetano Veloso, como trilha sonora de vídeos. O cantor já anunciou que pretende processar o presidente pelo uso indevido de sua voz após a reprodução de “Andar com fé”, em gravação sua com o autor Gilberto Gil, para divulgar investimentos em defesa civil. Preta Gil e Gloria Groove são outras vítimas da estratégia de tentar tirar o foco dos assuntos centrais hoje para o Brasil, que são os escândalos quase diários de corrupção no governo federal.
Outra artista que teve sua voz usada foi Daniela Mercury, que no último mês foi vítima de uma ação orquestrada da milícia digital, que produziu inúmeras fake news sobre ela. Para não levar gato por lebre, basta checar todas as vacinas contra essas mentiras no banco de vacinas do Verdade na Rede. Além de ataques pessoais à honra e à reputação de Daniela, os mentirosos ousaram inclusive debochar de sua fé, até com uma série de conteúdos religiosos de baixo nível. Os ataques seguem semanalmente, e se intensificam sempre que a artista se posiciona.
A cultura vai ajudar a construir esse país mais democrático.
Lula
As manobras bolsonaristas de coação contra quem se posiciona contrariamente ao governo não param. Além de uma tentativa mal-sucedida de censurar manifestações de artistas durante o festival Lolapalooza – e que lançou à fama ela, a toalha do Lula -, mentiras também são constantemente criadas contra Pablo Vittar, Ivete Sangalo, Wagner Moura, Claudia Leitte, Tico Santa Cruz, Chico Buarque e Felipe Neto. Mas a lista não para por aí.
+ Como denunciar mentiras e fake news do bolsonarismo
Pouco depois, a eleita foi a atriz Taís Araújo, que classificou a atual gestão como “quatro anos infernais”. Bastou para que a enxurrada viesse. Segundo um levantamento feito por O Globo com base em dados do CrowdTangle, ferramenta de monitoramento de redes da Meta, perfis bolsonaristas concentraram a maior parte das postagens com mais engajamento no Facebook e Instagram sobre a atriz entre 11 e 13 de abril. Apenas as 30 publicações bolsonaristas com maior circulação somaram 270 mil curtidas, compartilhamentos e comentários, além de 852 mil visualizações de vídeo. Os destaques foram os deputados Marco Feliciano (PL-SP) e Carlos Jordy (PL-RJ), além do ex-secretário especial da cultura Mario Frias e do ex-presidente da Fundação Palmares Sérgio Camargo.
Em entrevista ao programa Roda Vida, da TV Cultura, o ator Lázaro Ramos foi certeiro sobre o que acontecia naquela semana contra ele e sua mulher. “Isso é campanha política para chamar a atenção em cima de nós, que temos relevância e público. Isso vai tirar, inclusive, o foco dos problemas do governo. É uma cortina de fumaça, para as pessoas não debaterem os preços da gasolina, dos alimentos”, cravou.
Sua fala vai no mesmo sentido da de Anitta: “Qualquer manifestação contra ele por meio dos artistas vai ser revertida em forma de deboche pelas mídias sociais dele”, disse a cantora. “Assim o artista vira o chato mimizento e ele o cara bacana que leva tudo numa boa”.
Mentiras e difamação
Como explica reportagem do UOL Confere e do Projeto Comprova, há um padrão para um tipo de desinformação: atribuir uma frase inventada a uma pessoa conhecida, em geral citando outras personalidades na suposta declaração. E uma coisa já se repetiu tanto que virou regra. Quando a milícia digital quer atingir um artista, pode apostar, vão inventar algum tipo de desinformação sobre a Lei Rouanet, lei de incentivo à cultura em vigor desde 1991 e que autoriza investimento privado com desconto em tributos para financiar iniciativas culturais. O governo nunca escondeu sua perseguição à Lei Rouanet, rebatizada de Pronac. Um retrocesso, que deixam nítidos os interesses autoritários desse governo. Os artistas têm buscado apoio contra mais esse absurdo.
Que a força esteja com Lula
O que acontece é que, como em outros momentos da história brasileira, os artistas tomam posicionamentos a partir do que vivem em seu dia a dia, do contato com o público e da preocupação com a nação que representam. Tentam silenciá-los porque sabem da poderosa ferramenta que é a cultura no combate à alienação que querem impor ao povo. Nesta luta, Lula sempre esteve e continuará ao lado da arte. E quem também sabe disso é ninguém menos que Mark Hamil, o eterno Luke Skywalker da saga Star Wars. Ontem, 4 de maio, foi o dia internacional da franquia por conta da sonoridade da data em inglês, que é semelhante ao bordão “Que a força esteja com você”:
Attention🇧🇷:THE FORCE IS STRONG WITH THIS ONE!
— Mark Hamill (@MarkHamill) May 4, 2022
Wishing @LulaOficial all the best for his noble quest. https://t.co/VWrfCT3wNd
Não compartilhe e siga denunciando!
Voltando aos ensinamentos de Anitta, reforçamos sempre: não compartilhe conteúdos visivelmente falsos. Qualquer publicação, mesmo que em tom de denúncia ou indignação, ajuda a aumentar a propagação desse tipo de conteúdo, que visa confundir o debate sério e mudar o foco para a discussão que realmente importa. Ou seja, a sua denúncia acaba virando divulgação daquele conteúdo com que você não concorda.
“Já passa a ser mídia boa quando você cita o nome dele, não faz diferença se você citou de forma negativa ou positiva”, disse Anitta. “Porque quanto mais você cita de forma negativa, mais mídia ele alcança e usa essa mídia para destinar ao que ele quer. Já usei essa estratégia algumas vezes por isso sei bem o que está rolando (risos).”
O Verdade na Rede concentra as vacinas já produzidas para o vírus bolsonarista da mentira. Você que já tomou a primeira, a segunda e a terceira doses da vacina contra o coronavírus: é hora de se imunizar contra as fake news na internet. Busque vacinas e imunize seus familiares, amigos, vizinhos, colegas de trabalho, de igreja e quem vier espalhar mais uma lorota das milícias digitais.
O caminho para a verdade é simples e conta com o apoio da nossa equipe. Os passos são os seguintes:
1 – Viu uma mentira?
Não a divulgue, nem para seus amigos mais próximos. Bolsonaro quer nos afogar nas suas falsidades. Saia dessa. Respire fundo, entre em https://lula.com.br/verdadenarede/ e busque uma vacina para as fake news que não param de pingar nos seus grupos de zap.
É só ir no campo de busca e digitar uma palavra marcante da notícia falsa.
Responda a mentira com uma verdade. O nosso site reúne o material das agências de checagem e conteúdo próprio. É preciso desmontar os argumentos falsos e as narrativas fantasiosas do bolsonarismo. Ao responder à mentira, encaminhe uma das vacinas, aproveite e já envie algumas das realizações dos governos do PT para gerar um debate produtivo e sem briga.
2 – Não encontrou uma vacina?
Denuncie a fake news com a qual você se deparou. Você pode fazer isso em nosso site, clicando no botão vermelho DENUNCIE AQUI. Produziremos novas vacinas a partir das novas cepas do bolsovírus. Além disso, nosso time jurídico irá avaliar a sua denúncia e, se for necessário entraremos em contato para maiores informações.
3 – Como seguir informado?
É só se cadastrar em um dos nossos grupos de WhatsApp. Eles estão na página inicial do Verdade na Rede. Estaremos sempre de olho. Procurando as mentiras que circulam nas redes e em grupos de WhatsApp e Telegram e trazendo a verdade.
Além disso, os grupos também serão espaço para trocar informações e técnicas para eliminar as fake news. Seja um agente da verdade!
Vamos neutralizar o Bolsovírus e respirar os ares da democracia e da verdade. Vacine-se contra as fake news. Embarque no nosso mutirão!