Provavelmente você viu nas redes sociais, ou no WhatsApp alguém falando sobre “Lula e o menino do MEP” neste inícido de outubro. Trata-se de uma “isca” para as pessoas chegarem a uma história mentirosa de que, nos anos 80, Lula teria assediado sexualmente um rapaz. Isso não é verdade. Trazer isso ao debate público é obra da máquina de mentiras bolsonarista. O assunto só veio à tona por força da milícia digital do gabinete do ódio. Os filhos de Bolsonaro escreveram: “não procure no Google menino do MEP”, já sabendo que as pessoas iam procurar.
O que elas encontram, ao buscar, é um texto do século passado, de um sujeito com um diz-que-disse com uma história que supostamente se passou nos anos 80, época em que Lula foi preso pela ditadura por defender os direitos dos trabalhadores nas greves. Na história delirante, que o gabinete do ódio quis viralizar, Lula o menino do MEP teriam trocado cotoveladas. Isso é safadeza de gente mentirosa. Fizeram isso em 2009, com a mesma história, também durante uma campanha de Lula. Sempre foi mentira.
Trata-se de uma fake news do tipo aleatória só porque Lula está em alta e Bolsonaro está com medo de perder as eleições. Mas vamos lá: o que tem de verdade na história? Tem que MEP é a sigla de um dos muitos movimentos de esquerda da época e que não é impossível que um rapaz do MEP estivesse na mesma cela de Lula. Na época, no texto que origina essa fake, de 2009, o seu autor confessa: “Eu nunca soube quem é o “menino do MEP”.
Também naquele ano, tanto a Folha como a Veja encontraram o preso do MEP, chamado João Batista dos Santos, que esteve na mesma cela de Lula. Como se pode imaginar, os boatos devastaram sua vida pessoal. Indignado com a onda de calúnia e difamação, ele declarou à imprensa: “Isso tudo é um mar de lama. Quem fez a acusação que a comprove”, e disse, também, que o artigo que iniciou a fake é “Um horror”.
Como sempre acontece, naquela época a mentira também teve perna curta e a verdade apareceu. O suposto assédio é uma calúnia contra Lula. Só isso. De novo. E só viralizou por obra do gabinete do ódio.
O que aconteceu de verdade nos 30 dias em que esteve preso na época é que o ex-presidente conversou e fez amizade não só com os outros presos políticos, mas também com os seus carcereiros, como os carcereiros da Lava Jato, passaram a votar 13. É isso que acontece com todos que conhecem Lula de perto: as pessoas testemunham sua fé no Brasil, sua obsessão por defender a luta dos trabalhadores, sua paixão pelo Corinthians.
Quem convive com Lula também percebe como ele é um sujeito carismático e GENTE BOA demais. É aí o cotovelo do bolsonarista dói, porque Bolsonaro é um cara chato, sem graça e que não se importa com ninguém de verdade (só com seus filhos e sua família, pra quem compra imóveis em dinheiro vivo).
Então, se alguém te perguntar da “história” de Lula e o menino do MEP, diga que é mentira. Diga que Bolsonaro mente 7 vezes por dia. Diga que Bolsonaro mentiu ontem, mente hoje e mentirá amanhã.
Pergunte genuinamente se a vida dessa pessoa melhorou alguma coisa com Bolsonaro, se o preço do feijão está justo, se está dando para comprar arroz, comprar gás, tomar sorvete!!! Pergunte para a pessoa se faz sentido ela acreditar nas promessas de Bolsonaro se tudo que ele fez foi piorar a vida do povo pra depois vir vender salvação.