O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva inicia agenda em Brasília (DF) na manhã desta quinta-feira, 28, na UNB (Universidade de Brasília). onde acontece a 74ª Reunião Anual da SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência).
Com o tema “Ciência, independência e soberania nacional”, o evento relembra o bicentenário da Independência do Brasil e o centenário da Semana de Arte Moderna. É a primeira vez que a Reunião Anual volta a ser realizada presencialmente, após dois anos apenas por meios virtuais, por conta da pandemia de Covid-19.
Durante a visita, Lula vai receber do ex-ministro da Educação Renato Janine Ribeiro, atual presidente da SBPC, um documento com as propostas da entidade para recuperar a Ciência e a Tecnologia no Brasil, após anos de abandono e redução de verbas desde o golpe contra a presidenta Dilma Rousseff, em 2016.
Realizadas desde 1949, as Reuniões Anuais da SBPC são eventos voltados principalmente à divulgação científica pura, mas muitas vezes na história foram marcados pela união da comunidade científica em torno de suas demandas e debates internos. Como presidente da República, Lula participou do evento em 2008 e 2010.
Espalhada pelos quatro campi da UNB, a 74ª Reunião Anual acontece desde o último domingo, 24, e vai até o próximo domingo, 30, de forma híbrida, mesclando com eventos à distância. No total, serão 117 atividades presenciais e 110 online e são esperados mais de 6 mil participantes.
Propostas para a ciência
A área de Ciência, Tecnologia e Inovação aparece com destaque entre as diretrizes do programa Juntos Pelo Brasil, a plataforma que elabora o plano de governo do Movimento Juntos Pelo Brasil.
“A Ciência, Tecnologia e Inovação (CTI) tem um caráter estratégico e central para o Brasil se transformar em um país efetivamente desenvolvido e soberano, no caminho da sociedade do conhecimento. Essa diretriz é fundamental para nosso governo e implica combinar educação universal de qualidade, pesquisa científica básica e tecnológica, inovação e inclusão social. Para tal, é necessário recompor o sistema nacional de fomento do desenvolvimento científico e tecnológico, via fundos e agências públicas como o FNDCT, o CNPq e a CAPES.
É preciso assegurar a liberdade de pesquisa, em suas distintas dimensões, e usar a CTI para as políticas públicas e para a gestão em todos os níveis, integrando o território nacional. A ciência é essencial para a inovação tecnológica e social, bem como para o aproveitamento sustentável das riquezas do país, a geração de empregos qualificados e o enfrentamento das mudanças climáticas e das ameaças à saúde pública.”
