Mulheres africanas conquistam cada vez mais espaço no continente

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Em julho, nos dias 25 e 31, são comemorados o “Dia Internacional da Mulher Negra Latino-americana e Caribenha” e o “Dia Internacional da Mulher Negra”. O diretor do Instituto Lula para a Iniciativa África, Celso Marcondes, conta na TVT, a TV dos Trabalhadores, por que essas datas merecem ser celebradas também aqui no Brasil. Ele destaca o papel importante das mulheres no continente africano, desde as sociedades tradicionais até os dias de hoje, quando elas cada vez conquistam mais espaço em suas sociedades.
As datas são tributos à resistência das mulheres afrodescendentes contra a exploração de classe, a opressão de gênero e o racismo. Elas propõem para a sociedade um diálogo sobre o papel da mulher negra no contexto social, político e econômico.
No Brasil, esta é a primeira vez que o dia 25 de julho é celebrado nacionalmente. Em 2 de junho de 2014, a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados aprovou o PL 5371/09, que institui o 25 de julho como o “Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha”  e o inclui no calendário comemorativo nacional.
Na mesma data, foi sancionada pela presidenta Dilma Rousseff, e aprovada pela mesma Comissão, a Lei n. 12.987, que considera o dia 25 de julho também o “Dia Nacional de Tereza de Benguela” e “Dia Nacional da Mulher Negra”. O objetivo é homenagear a mulher afro-brasileira e destacar a luta da escrava Tereza Benguela, que enfrentou a escravidão e ajudou a formar o Quilombo Quariterê, no Mato Grosso. O Quilombo enfrentou por duas décadas os maus tratos aos negros, no final do século XVIII.
O “Dia da Mulher Africana” – 31 de julho
Instituída em 1962, na “Conferência das Mulheres Africanas”, a data marca também a criação da “Organização Pan-africana das Mulheres”. O dia foi criado para que as mulheres africanas compartilhassem suas experiências e somassem esforços para emancipação feminina tendo em vista a integração e o futuro do continente africano.
É um bom momento para reverenciar no Brasil a luta daquelas que constroem diariamente as riquezas do continente e produzem no campo os alimentos para nutrir suas famílias e comunidades. Também é um bom momento para enaltecer as lideranças femininas da África, como a presidenta da Comissão da União Africana, Nkosazana Dlamini-Zuma, a presidenta da República Centro-Africana,  Catherine Samba-Panza, e a presidenta da Libéria e prêmio Nobel da Paz de 201,  Ellen Johnson-Sirleaf.

Em seu comentário semanal na TVT, Celso Marcondes, fala sobre as duas comemorações: