“Os próximos anos serão de descoberta da África”, diz Franklin Martins

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“Nós somos africanos, o Brasil tem que entender isso”. Para o jornalista e ex-ministro Franklin Martins, a falta de informação sobre os países africanos no Brasil não é mero acaso, mas um produto do preconceito. No entanto, ele acredita que este cenário vai mudar nos próximos anos, com o momento positivo vivido pelo continente e a retomada das relações entre o Brasil e a África nos últimos dez anos. Para ele, os próximos anos marcarão uma redescoberta da África pelos brasileiros. Ex-ministro da Comunicação Social do governo Lula e conselheiro do nosso Instituto, Franklin Martins participou na noite desta terça-feira (29) do segundo debate do ciclo “Conversas sobre África”, na sede do Sindicato dos Bancários, em São Paulo.

Franklin é o criador e apresentador da série de documentários “Presidentes Africanos”, em exibição nos canais Discovery Civilization e Band. Entusiasta da África, Franklin considera que os brasileiros conhecem muito pouco sobre o continente africano, e que essa realidade deve mudar nos próximos anos, com o crescimento da economia dos países africanos e o fortalecimento das relações entre África e Brasil. “Eu costumo brincar dizendo que, em termos de comunicação, o Brasil está mais próximo do Japão do que da África, porque sabemos muito mais sobre o Japão do que sobre o continente africano”.

Veja abaixo entrevista com Franklin Martins e com participantes do debate

Após a exibição do primeiro vídeo da série “Presidentes Africanos”, Franklin Martins conversou sobre o momento positivo do continente africano com uma plateia diversa, que incluiu acadêmicos, representantes da sociedade civil e também os embaixadores de Camarões, Martin Ageor Mbeng, e da Etiópia, Wuletaw Hailemarian Nigussie.

Depois que deixou o governo, Franklin Martins dedicou boa parte do seu tempo ao estudo sobre a África. Visitou vários países e acompanhou a evolução da situação política, social e econômica de cada um deles. O resultado foi uma série de 14 documentários de 50 minutos, 13 deles dedicados a entrevistas com diferentes presidentes africanos e um introdutório, que faz uma apresentação geral da situação do continente africano no século 21, revelando seu processo de desenvolvimento econômico e de avanços na construção da paz e da democracia.