Perseguição a Lula é criticada e repercute internacionalmente

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Da Redação da Agência PT de Notícias

Desde que o juiz Sérgio Moro aceitou a acusação descabida e sem provas formulada pelo Ministério Público Federal (MPF) contra o ex-presidente Lula, vários nomes da política se manifestaram contra mais esse ataque.

A senadora Gleisi Hoffmann e o deputado Enio Veri divulgaram vídeo em solidariedade a Lula, onde falam que estão entristecidos por Moro ter aceitado a denúncia contra Lula e Marisa. “Para quem defende os trabalhadores, um rigor gigantesco e injustiça, para a elite, nenhum movimento”, disse Enio.

“É lamentável, não só pela sua história [Lula], mas pelo que representa para a democracia brasileira”, afirmou Gleisi.

Gleisi ainda participou de uma manifestação em Cruzeiro do Sul, no interior do Paraná, onde o povo gritava “Força Lula”.

A página PT no Senado divulgou matéria reafirmando o apoio da bancada do partido ao ex-presidente e recebeu centenas de comentários de solidariedade. 

Para a deputada Maria do Rosário, aceitar a denúncia sem provas contra Lula é equivalente ao golpe contra Dilma.

 

 

 

 

 

 

 

Erika Kokay também demonstrou sua solidariedade a Lula.

Humberto Costa, líder do PT no Senado, também demonstrou seu apoio com a hashtag #EstamosComLula

A jornalista Cynara Menezes também demonstrou sua revolta.

Repercussão internacional

Jornais de todo o mundo também comentaram a aceitação da denúncia contra Lula pelo juiz Moro. As matérias enfatizaram a falta de provas na acusação apresentada pelo MPF.

Em matéria, o New York Times afirma que “o movimento para colocar o Sr. da Silva em julgamento ocorre em meio a um debate nacional sobre os promotores estarem indo longe demais em seus esforços para acusa-lo. Delton Dallagnol, promotor do caso, na semana passada chamou Lula de “comandante supremo” dos esquemas de propinas e comissões destinadas a manter seu partido na presidência, mas não conseguiu oferecer provas concretas de sua reivindicação”.

Já o jornal inglês The Guardian destacou que desde o impeachment têm ocorrido diversas manifestações no país e que “o julgamento de Lula pode elevar as temperaturas ainda mais. O antigo líder sindical dominou o panorama político desde que levou o Partido dos Trabalhadores a sua primeira vitória presidencial em 2002”.

O El País espanhol publicou que Moro “fez uma série de apreciações sobre uma denúncia que foi calorosamente discutida no Brasil por não oferecer provas suficientes (e, segundo observadores, pela conveniência política de acusar Lula antes das eleições presidenciais de 2018)”.

No El País brasileiro, Luiz Ruffato assina artigo de opinião onde afirma que “o objetivo da peça costurada pelo procurador federal Deltan Dallagnol é tão e simplesmente inviabilizar a candidatura de Lula à Presidência da República em 2018, pois todo a sua denúncia se baseia em presunção, e não em provas concretas”.

Ruffato ainda escreveu que “diante do patético movimento realizado pelo Congresso Nacional, de abortar o governo de Dilma Rousseff, eleita democraticamente com mais de 54 milhões de votos, sem conseguir demonstrar de maneira cabal o seu crime; e diante da retórica vazia do Ministério Público Federal de denunciar Lula da Silva baseado em um discurso falsamente moral e não em fundamentação jurídica, não resta outra atitude aos homens e mulheres de bem, que almejam a manutenção e aprimoramento da nossa democracia, tão jovem e tão frágil, senão explicitar sua preocupação com os rumos do país”.