Presidente da União Africana telefona para Lula e recebe solidariedade na condenação ao golpe de estado em Mali

Compartilhar:

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva conversou no início da tarde desta sexta-feira, dia 23, com o presidente de turno da União Africana, Thomas Boni Yayi, e expressou sua solidariedade à União Africana na condenação ao golpe que derrubou o governo eleito no Mali. Thomas Boni Yayi, que também é presidente da República do Benin, esteve em Brasília hoje para uma reunião com a presidenta Dilma Rousseff e em seguida ligou para desejar pronta recuperação ao ex-presidente, que estava na sede do Instituto Lula, em São Paulo.

Lula e Boni Yayi conversaram também sobre as relações entre Brasil e África e o ex-presidente reiterou seu compromisso de participar no Seminário que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) vai organizar, dia 3 de maio, no Rio, para apresentar aos brasileiros o Programa para Desenvolvimento das Infraestruturas na África, o Pida (leia mais sobre o seminário abaixo).

Sobre os acontecimentos no Mali, Lula declarou que é “inadimissível aceitar qualquer golpe de estado que atente contra um governo eleito democraticamente”, disse Lula.

Um golpe militar, liderado por jovens oficiais, derrubou o presidente Amadou Toumani Touré nesta quinta-feira, dia 22. Os militares renegados decretaram a suspensão da constituição o fechamento das fronteiras e impuseram um toque de recolher em todo o território do país. Ao menos quatro pessoas morreram e 40 ficaram feridas durante o golpe. Os golpistas alegaram que o presidente não armava suficientemente o exército para enfrentar os conflitos com os grupos armados no norte do país. Novas eleições presidenciais estavam marcadas para 29 de abril.

Além da União Africana, a Comunidade Européia e o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas já condenaram publicamente o golpe, assim como fizeram Brasil, Estados Unidos e França, antiga metrópole colonial do Mali.

Notícia relacionada:
BNDES organiza seminário sobre cooperação econômica com a África em maio