Segunda mesa do Seminário Governança Metropolitana discute tendências e perspectivas do tema

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A segunda mesa do Seminário Governanla Metropolitana, que acontece nesta sexta-feira (30) em São Paulo, discutiu experiências mundiais e abordou a necessidade de equilibrar as diferentes demandas dos agentes envolvidos na governança metropolitana, passando por diferentes níveis de governo, população, da sociedade e do setor privado. O evento está sendo transmitido ao vivo na internet em itv.netpoint.com.br/pt.

Ao final da mesa, o senador Eduardo Suplicy, que estava na platéia, foi convidado para falar e lembrou que as cidades estão entre as grandes invenções da humanidade e lembrou também da vantagens que a renda básica.

A mesa foi composta por:

Olaf Merk, diretor do Departamento de Governança Territorial na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) – Paris
Jeroen Klink, coordenador do Mestrado em Planejamento e Gestão do Território da Universidade Federal do ABC
Luiz José Pedretti, secretário Executivo Fórum Nacional das Entidades Metropolitanas
Donizete Fernandes de Oliveira, coordenador nacional da União de Moradia Popular
Coordenador: Selma Rocha, diretora da Fundação Perseu Abramo

Acompanhe abaixo algumas das declarações dos membros da mesa:

Olav Merk
“As metrópoles são mais produtivas, criativas e inovadoras”.

“A cidade é o local onde as várias divergências podem ser administradas”.

“Em muitas cidades, as empresas estão envolvidas na estratégia [de governança metropolitana]”

“As empresas trazem o bem-estar para as metrópoles, principalmente quando há concorrencia, nas cidades globais. Mas isso abre o risco de que as grandes empresas façam lobby por seus intetresses em detrimento dos interesses gerais”.

“A arte da governança metropolitana colaborativa seria encontrar esse equilíbrio para que as metropóles possam ter um papel cada vez mais importante na economia e também para o desenvolvimento humano como um todo”.

Jeroen Klink
“Não há um modelo único. Os EUA adotaram um modelo fraco, já Madri tem um modelo forte [de governança metropolitana]”.

“Em Madri, o prefeito da cidade-pólo reivindica espaço mesmo sobre os prefeitos do mesmo partido. Mardi corre o risco de ver a implosão desse modelo forte”.

Se a década de 90 foi perdida do ponto de vista metropolitano, hoje a conjuntura que cerca essa questão é diferente. Há os investimentos, o que é bom, mas por outro lado a capacidade de refrear o mercado imobiliário é baixa”.

“Não existe modelo único de governança. Hoje em dia as experiências modernas exitosas mostram que há uma governança metropolitana mutilescalar, de vários níveis”.

“A governança metropolitana coloca o conflito na mesa e tenta negociar. A questão central nas experiências de sucesso é a democratização”.

Luiz José Pedretti

Focou sua fala na apresentação do Fórum Nacional das Entidades Metropolitanas, FNEM. Destacou que, num espaço de 40 anos, entre 1070 e 2010, as cidades receberam 107 milhões de pessoas. Também destacou a falta de um marco regulatório e da regulamentação de leis discutidas desde a Constituição de 1988.

Donizete Fernandes de Oliveira

“Se os prefeitos não se integrarem, acontece o que aconteceu aqui em São Paulo ontem. Calculo que mais de 60 mil pessoas de Francisco Morato ficaram quatro horas paradas sem ter como vir trabalhar em São Paulo, paradas nos trens”.

“Se o Minha Casa Minha Vida atingir a meta, 50% do problema do défict habitacional no país está resolvido”.

“Quando a lei não é feita pensando na participação popular, a população faz a lei na marra, muitas vezes ocupando (…) [Nesses casos] a população chegou primeiro que o poder público”

“Acho que cabe a discussão de transformar as regiões metropolitanas em um ente federativo”.

 

Para baixar fotos em alta resolução, visite o Picasa do Instituto Lula.