Alimentar-se no Brasil de Bolsonaro é uma tarefa cada vez mais difícil. Com inflação descontrolada, desemprego nas alturas, salário mínimo sem aumento real e gás de cozinha a R$ 105, a segurança alimentar da população brasileira está cada vez mais ameaçada. Pesquisa Datafolha revela que 85% dos brasileiros deixaram de consumir alguma comida desde janeiro de 2021. A fome e a miséria no Brasil voltaram a ser realidade. Enquanto isso, Bolsonaro se ocupa em passar vergonha internacional no discurso de abertura da Assembleia Geral da ONU.
No estudo realizado entre 13 e 15 de setembro, o Datafolha aponta que 67% das pessoas deixaram de comer carne vermelha, 36% parou de comer feijão e o arroz deixou de aparecer nas panelas de 34% dos brasileiros. A inflação das comidas chega a 17%, com destaque para o arroz (33%), a carne (31%), o ovo (14%) e leite e derivados. O café da manhã também está ameaçado: 41% deixou de comer pão e 46% não compra mais leite.
Como sempre, quem mais sofre é a camada mais pobre da população. A renda média do trabalho caiu 11% entre o primeiro trimestre de 2020 e o primeiro trimestre de 2021. Na metade mais pobre da população, a queda foi de 21%! Entre as pessoas que ganham mais de 10 salários mínimos, 67% teve que reduzir o consumo de algum alimento durante o ano. Na faixa daqueles que ganham até 2 salários, o percentual sobe para 88%.
Vale lembrar também que a gestão desastrosa de Bolsonaro levou à falta trabalho para 33 milhões de pessoas, entre desempregados, subocupados e desalentados. No primeiro ano da pandemia, o quadro foi de desaparecimento de 6 empregos por minuto no primeiro ano da pandemia. Entre as pessoas que conseguiram se manter empregadas, a situação salarial é lastimável: o salário mínimo não recebe reajuste acima da inflação desde 2016 e o orçamento enviado pelo governo também não prevê aumento real para 2022. Os salários dos trabalhadores, de maneira geral, vêm perdendo para a inflação: em julho de 2021, a perda salarial real chegou a 1,6 ponto percentual.