Tribuna Metalúrgica: no ABC, Haddad defende recuperação da indústria e geração de empregos

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Em visita ao ABC, na última quarta-feira (5), Fernando Haddad, candidato a vice-presidente, defendeu a recuperação da indústria e a geração de emprego. “Vamos voltar a ter política industrial no Brasil porque a indústria já foi o centro, a locomotiva do crescimento brasileiro. Política industrial significa câmbio competitivo, juro baixo, política de conteúdo nacional, uma série de coisas que vão fazer o ABC voltar a gerar empregos”, ressaltou.

Confira a reportagem completa da Tribuna Metalúrgica abaixo:

Os dirigentes do Sindicato e da CUT acompanha­ram ontem o candidato a vice-presidente da República, Fernando Haddad, e o candidato ao governo do Estado de São Paulo, Luiz Marinho (PT) em visita aos trabalhadores nas montadoras da região.

No início da manhã, Haddad e Marinho conversaram com os companheiros na Mercedes e na Ford, em São Bernardo, DriveWay e Pan Metal, em São Paulo, e cami­nharam no centro de Diadema. À tarde, estiveram na Volks, em São Bernardo.

Também participaram das agendas a deputada Manuela D’Ávila (PCdoB), os candidatos ao Senado Eduardo Suplicy e Jilmar Tatto (PT), e candidatos a deputa­dos federal e estadual.

O ex-prefeito de São Paulo e ex-ministro da Educação, Fernando Haddad, ressaltou a importância da mobilização em defesa de Lula e da recuperação da indústria nacional para retomar o desenvolvimento do Brasil.

“Viemos aqui na porta da fá­brica porque para nós a política industrial é muito importante. Não é só gerar emprego, tem que gerar empregos com qualidade, com o trabalhador mais bem informado, mais capacitado, ganhando mais. Isso acaba gerando um conjunto de outros empregos na área de serviços que complementa a indús­tria. Para nós a indústria é base do desenvolvimento”.

“Vamos voltar a ter política industrial no Brasil porque a in­dústria já foi o centro, a locomotiva do crescimento brasileiro. Política industrial significa câmbio com­petitivo, juro baixo, política de conteúdo nacional, uma série de coisas que vão fazer o ABC voltar a gerar empregos”, ressaltou.

Haddad lembrou que com essa reforma Trabalhista o tra­balhador não terá mais um sin­dicato forte. “Para entrar com uma ação judicial, vai ter que pagar o advogado. A empresa vai terceirizar postos de trabalho e vai perder a qualidade”.

O presidente do Sindicato, Wag­ner Santana, o Wagnão, completou afirmando que as reformas fazem parte do golpe, que não foi só con­tra Dilma e o PT.

“O golpe foi contra toda a classe trabalhadora e se complementa com a reforma Trabalhista e com o processo de terceirização, que deixa os trabalhadores sem acesso a direitos. Hoje há 13 milhões de desempregados dispostos a aceitar essas condições. É um conjunto de exploração que está colocado sobre o trabalho que não podemos admitir”.

“Por isso, é essencial refletir nestas eleições quem está sempre com a gente, eleger candidatos compro­metidos com as lutas dos traba­lhadores por melhores condições de vida e comprometidos com a revogação da reforma Trabalhista e da terceirização irrestrita”, disse.

O ex-presidente do Sindicato, ex-prefeito de São Bernardo e can­didato ao governo do Estado, Luiz Marinho, destacou o desmonte da legislação trabalhista promovida por Temer e a tentativa implacável desse governo de tirar dos traba­lhadores o direito à aposentadoria.

“Eles não conseguiram devido a uma forte resistência das centrais sindicais, que trabalharam de forma incansável para impedir a reforma da Previdência, mas não pensem que eles desistiram. Eles querem de todo jeito evitar que retorne ao governo um projeto de desenvolvimento que envolva o conjunto da classe trabalhadora”.

Marinho também enalteceu o extinto Inovar-Auto e criticou o novo programa para a indústria automobilística.

“No lugar do Inovar-Auto vie­ram com o Rota 2030, que é uma agressão contra os nossos empre­gos, porque não estimula a produ­ção do conteúdo local, muito pelo contrário, fortalece o processo de importação”.

A deputada Manuela D’ Ávila enfatizou a geração de empregos. “Nossa luta é para o Brasil gerar mais empregos, estamos conver­sando com os trabalhadores sobre como voltar a crescer valorizando o trabalho, garantindo direitos e que nosso povo receba melhor, já que é a indústria quem melhor remunera os trabalhadores. É isso que queremos, boa remuneração e trabalho valorizado”.