Vida era mais fácil nos governos Lula por causa de crescimento econômico e inclusão

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Foto: Ricardo Stuckert

Viver era mais fácil nos tempos do governo Lula, não só porque a carne e outros itens alimentícios eram mais baratos do que agora, nesta carestia generalizada que o brasileiro é obrigado a enfrentar. Naquela época havia ações para promover desenvolvimento econômico e políticas públicas de inclusão social e de proteção das camadas mais pobres da população, o que não acontece atualmente.

A inflação de 2021, de 10,06%, foi a maior dos últimos seis anos e 30% dela composta por alta de preços controlados pelo governo. Significa dizer que o governo poderia ter adotado medidas para evitar a disparada, mas nada fez.

Sem nenhum freio, o etanol subiu 62,23%, a gasolina 47,49%, o diesel 46,04%, o gás de cozinha 36,99%. Por outro lado, o café moído avançou 50,24%, o açúcar refinado 47,87%, o cristal 37,55%, o filé mignon 30,91% e o frango em pedaços, 29,85%.

Creditar a alta nos preços da carne, como fez recentemente o presidente Jair Bolsonaro, e o empobrecimento da população à pandemia da Covid-19 é tentativa de mascarar a realidade, marcada por falta de iniciativas governamentais para cuidar dos mais pobres e fazer o Brasil voltar a crescer.

No enfrentamento do coronavírus, o governo errou feio, e o país paga preço alto por isso, caminhando para o registro de lamentáveis 650 mil mortes, das quais ao menos metade poderia ter sido evitada, se o governo fosse sério.

Em vez de buscar soluções imediatas para enfrentar o problema que o cenário de pandemia sinalizava, o governo Bolsonaro adiou o quanto pôde o reconhecimento da gravidade da doença.

A chamou de gripezinha, recusou oferta de compra de vacinas – que poderiam ter salvado vidas perdidas -, zombou das vítimas e estimulou tratamento ineficaz, falando muita bobagem sobre o uso de cloroquina.

Agora que o estrago da ineficiência e insensatez de seu discurso negacionista fica evidente, Bolsonaro quer se fazer de vítima das circunstâncias, sem assumir sua apatia diante das necessidades urgentes do Brasil. Por outro lado, anuncia medidas eleitoreiras querendo esconder seu histórico de nada faz.

Nos governos Lula e Dilma, houve geração de 19,4 milhões de empregos com carteira assinada e redução da pobreza. Em 2002, o número de pessoas em situação de pobreza no Brasil era 42 milhões. Em 2014, fim do segundo mandato da ex-presidenta Dilma, eram 14 milhões.

No mesmo período, a fome caiu 82%. Em 2014, o Brasil deixou oficialmente o Mapa da Fome, segundo anúncio da FAO/ONU. 36 milhões de brasileiros e brasileiras eram mantidos fora da extrema pobreza graças ao Bolsa Família, reconhecido como maior programa de inclusão social, que virou referência em todo o mundo.

Por conta do Bolsa Família, a mortalidade infantil por desnutrição foi reduzida em 58% e, por diarreia, em 46%, nos governos petistas. Em abril de 2016, às vésperas do golpe, ele atendia 13,9 milhões de famílias, com gastos de apenas 0,47% do PIB.

Os governos petistas provaram que, mesmo em situação adversa, é possível fazer políticas inclusivas e melhorar a vida das parcelas da população que mais precisam.