Em entrevista ao Jornal Nacional na noite de segunda (22), Jair Bolsonaro contou pelo menos 40 fake news. De pandemia à economia, passando por meio ambiente e corrupção, o atual presidente fez a única coisa que sabe fazer: mentir.
Bolsonaro disse que não havia xingado ministros do Supremo Tribunal Federal. Acusou Bonner de estar fazendo fake news. Como comprovam os fatos, esta foi a primeira mentira de Bolsonaro – já na abertura de sua primeira fala na entrevista.
Segundo apuração do Aos Fatos, Bolsonaro xingou ao menos dois ministros do STF: Alexandre de Moraes já foi xingado publicamente de canalha duas vezes (inclusive quando prorrogou o inquérito sobre as milícias digitais) e Luís Roberto Barroso foi chamado de criminoso, mentiroso e f… da p… pelo mandatário.
Os ataques diretos a Moraes não são à toa. Não apenas ele está na presidência do TSE durante as eleições de outubro, como é relator, no STF, de inquéritos que investigam aliados, familiares e o próprio presidente. Datam de 2020 os primeiros ataques diretos ao ministro, em 2020, quando ele barrou a indicação de Alexandre Ramagem para a direção-geral da Polícia Federal.
Logo no início da conversa, William Bonner questionou Bolsonaro sobre os frequentes ataques às urnas, ao STF e sobre sua intenção de dar um golpe nas eleições desse ano. Em sua resposta, Bolsonaro insistiu em dizer que as urnas são inauditáveis.
É mentira que urnas “precisam” de auditoria – elas já são auditadas! E isso não está em investigação! Nos documentos divulgados por Bolsonaro sobre um suposto inquérito da Polícia Federal, não há qualquer conclusão que aponte para a insegurança das urnas eletrônicas ou para a possibilidade do processo de votação ter sido afetado.
É mentira. Nunca houve fraude comprovada nas eleições brasileiras desde a adoção das urnas eletrônicas. O histórico de votações desde a adoção da urna eletrônica mostra que o sistema é confiável. A constatação não é apenas do TSE, que organiza as eleições, mas também de investigações do MPE (Ministério Público Eleitoral) e de estudos matemáticos e estatísticos independentes.
Na entrevista, Bolsonaro insistiu na acusação criminosa de que houve fraude nas eleições de 2018.
Ele afirmou que, nos autos de uma investigação aberta para apurar fraude nas eleições de 2018, o chefe de TI do TSE teria afirmado à Polícia Federal que hackers ficaram por oito meses dentro do Tribunal com a senha de um ministro e de outros cinco servidores. Disse ainda que a PF, imediatamente, solicitou os logs ao TSE. Segundo o presidente, “o TSE podia ter informado no mesmo dia, mas sete meses depois informou que os logs teriam sido apagados. Então a grande interrogação é exatamente isso daí”.
Sobre o caso, o Tribunal Superior Eleitoral já esclareceu inúmeras vezes que o episódio de 2018 é objeto de inquérito sigiloso, e não se trata de informação nova. Segundo a Corte Eleitoral, o acesso indevido, objeto de investigação, não representou qualquer risco à integridade das eleições daquele ano. Isso porque o código-fonte dos programas utilizados passa por sucessivas verificações e testes, aptos a identificar qualquer alteração ou manipulação. Nada de anormal ocorreu.
Bolsonaro nunca apresentou uma prova sequer de que o sistema eleitoral teria sido violado. Por essas mesmas declarações feitas hoje, o presidente é acusado no Supremo Tribunal Federal (STF) de vazar dados de investigações sigilosas.
Bonner questionou sobre por que Bolsonaro não desautoriza os seus apoiadores que defendem medidas inconstitucionais, como golpe ou “intervenção militar”. Bolsonaro respondeu que considera “uma faixinha” apenas liberdade de expressão e que não há problema nenhum.
É mentira. Bolsonaro mente quando diz ser a favor da liberdade de expressão. Se assim fosse, ele não teria partido para cima de um apoiador que o tomou por “tchutchuca do Centrão”. Foi assim que ele reagiu, agredindo o homem e tentando tomar-lhe o celular.
A apresentadora Renata Vasconcellos, então, passou a questionar Bolsonaro sobre a gestão da pandemia, que resultou em quase 700 mil mortos. Ela questionou o motivo de ele ter imitado pessoas morrendo de covid para fazer piada e, também, questionou a quantidade de mortos no Brasil devido ao atraso na compra da vacina.
Ele mentiu ao dizer que “só não se vacinou quem não quis”. É mentira. Bolsonaro mentiu ao dizer que a Pfizer não garantiria a entrega da vacina. O Brasil ficou meses (93 dias) sem responder aos e-mails da Pfizer oferecendo o medicamento.
Em seguida, Bolsonaro teve a cara de pau de acusar a Globo de desestimular os médicos a fazerem “tratamento precoce”. É mentira. Não existe. Esse tipo de mentira, estimulada pelo bolsonarismo, foi responsável diretamente pelo comportamento de pessoas que deixaram de se vacinar e, em vez disso, usaram vermífugos e outros remédios de eficácia não comprovada contra a covid.
Renata insistiu no tema, ao lembrá-lo que ele desestimulou a vacinação. Bolsonaro alegou que a Pfizer não apresentou quais seriam os possíveis efeitos colaterais da vacina. É mentira.
A verdade é que a vacina tinha sido desenvolvida em tempo recorde, devido à gravidade da pandemia, ou seja, que era mais importante garantir sua segurança e eficácia. Isso foi garantido, tanto que assim que começou a vacinação, o número de mortes caiu drasticamente. A vida das pessoas sempre foi prioridade. Menos para Bolsonaro, que recusou 11 vezes ofertas de vacina.
De acordo com o Aos Fatos:
Ao tentar justificar o motivo de ter atrasado a compra de vacinas contra a Covid-19 da Pfizer, o presidente diz que a empresa não havia apresentado quais eram os efeitos colaterais do imunizante. No entanto, o estudo de fase três, cujo objetivo é demonstrar a eficácia da substância analisada, foi publicado ainda em dezembro de 2020 e contava com a relação de eventos adversos observados. A vacina obteve o registro definitivo da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) em fevereiro de 2021. Após a autorização, foi publicada a bula da vacina, que também contém informações sobre efeitos adversos. O governo federal, no entanto, assinou o primeiro contrato com a empresa somente em março daquele ano. A Pfizer havia enviado oito propostas para o Brasil entre agosto e dezembro de 2020, além de uma nona tentativa em fevereiro de 2021
Ele seguiu mentindo sobre a pandemia. Disse que “muitos países já falam que o lockdown foi um erro”. Mentira. Lockdowns foram essenciais para minimizar a velocidade de contágio de uma doença contra a qual, no início, não havia vacina. Bolsonaro também repetiu a fake de que ficar em casa contaminou as pessoas com a covid. É mentira.
A verdade não poderia ser mais diferente. O Brasil foi o país que pior gerenciou a pandemia de covid-19 no mundo, de acordo com um estudo publicado nesta quinta-feira (28) por um think tank (grupo de pesquisas) da Austrália. O Brasil também foi apontado como tendo a pior gestão da pandemia da covid-19 na América Latina, conforme indica estudo publicado neste sábado (24) pela empresa de consultoria internacional Ipsos.
Bolsonaro promoveu aglomerações em diversos estados ao convocar seus apoiadores para participar de eventos e também de motociatas. Ele se recusava a usar máscaras e chegava a desafiar os governadores dos estados onde o uso era obrigatório. Em 2021, ele chegou a ser multado pelos governos de São Paulo e do Maranhão. Em visita ao Rio Grande do Norte, Bolsonaro tirou a máscara de uma criança, sem autorização dos responsáveis, para tirar foto.
Renata lembrou que o que se dizia era “fique em casa, se puder”, e também lembrou a Bolsonaro do escândalo das pessoas que morreram por falta de oxigênio, especialmente em Manaus. Bolsonaro, novamente mentiu: “Negativo. Aquilo lá foi uma coisa atípica”. Não faltou da nossa parte recursos, disse. Mentira.
Foi avisado pelo menos dois meses antes que faltaria oxigênio em Manaus. Faltou até caixão, e as pessoas foram enterradas em sacos plásticos sem direito sequer a velório.
Renata lembrou que Manaus ficou pelo menos 9 dias sem receber apoio federal para uma crise anunciada. Seu comportamento imitando falta de ar muitos viram como falta de compaixão. Nessa altura, Bolsonaro levantou a voz e botou o dedo na cara ela. Esse é o presidente que botou a esposa para mentir para as mulheres dizendo que as apoia.
Não é verdade. Bolsonaro distorce uma declaração dada pelo diretor-geral da OMS (Organização Mundial da Saúde), Tedros Ghebreyesus, sobre medidas restritivas durante a pandemia, na qual afirmou que os governantes deveriam considerar os impactos sociais e econômicos do confinamento. Em nenhum momento, no entanto, o executivo defendeu o fim ou o relaxamento das medidas de restrição de atividades.
Durante toda a pandemia, a organização sempre foi crítica a países que tratavam a doença como algo menor. Mesmo a decisão do governo brasileiro de decretar o fim da emergência nacional da covid-19 ocorre dias depois de uma reunião na qual os principais cientistas do mundo declararam, de forma unânime, que a pandemia ainda é uma realidade e que não é o momento de falar ainda do fim da emergência internacional.
Bolsonaro distorceu uma apresentação de maio de 2020 do então governador de Nova York, Andrew Cuomo. Na época, o americano afirmou que 84% de um grupo de 1.289 recém-internados em hospitais do estado declararam que evitavam sair de casa antes de contrair covid-10. Além de mentiroso, a informação esta desatualizada, e foi divulgada em um momento em que pouco se sabia sobre a propagação do novo coronavírus. Segundo o Aos Fatos, o dado não indica onde as infecções aconteceram e nunca foram usados para negar a eficácia do distanciamento social.
Pelo contrário, evidências científicas mostram que lockdown funciona contra a covid-19 e outras doenças de transmissão pela vias aéreas.
Como explica o Aos Fatos, ao longo da pandemia de covid-19, Bolsonaro deu várias declarações que se provaram erradas sobre a gravidade da doença, as medidas de proteção e a eficácia das vacinas. Ele defendeu o uso de medicamentos que não se mostraram eficazes contra a doença, como a hidroxicloroquina e a ivermectina. O presidente também foi contra o uso de máscaras e a adoção do isolamento social, medidas que a ciência demonstrou serem eficientes para conter a transmissão do vírus. O mandatário ainda afirmou diversas vezes que as vacinas aprovadas para uso no Brasil eram experimentais. Todos os imunizantes aplicados no país passaram por três fases de testes, quando tiveram segurança e eficácia comprovadas. Ainda hoje, ele insiste em várias dessas mentiras
Bolsonaro seguiu mentindo. “Demos o Auxílio Emergencial imediatamente.” Mentira. Bolsonaro e Paulo Guedes queriam dar 200 reais de auxílio, mesmo assim após pressão da opinião pública. Só cederam após muita pressão de partidos da esquerda por um valor maior. Ele também mentiu quando disse que a CPI não quis investigar recursos enviados para nove governadores do Nordeste. Mentira. Foram investigados.
Ainda sobre o tema, Bolsonaro mentiu novamente ao dizer que o protocolo de Mandetta (ex-ministro da Saúde) “incluía tratamento precoce”. É mentira. Na verdade, Mandetta saiu do governo porque foi forçado por Bolsonaro a assinar protocolo com o que não concordava.
Bonner, então, passou a falar de economia. Retomou uma frase antiga de Bolsonaro, que em 2018, dizia que “o povo precisa: inflação baixa, dólar baixo, taxa de juro menor”. E perguntou: Qual é o seu plano, se reeleito, para cumprir essas promessas que fez?
Bolsonaro, então, admitiu que suas promessas foram frustradas. Segundo ele, “pela pandemia, por uma seca enorme e pelo conflito na Ucrânia”. Meia verdade. Faltou colocar na conta a gestão errática, entreguista e desastrosa de Guedes à frente da Economia.
Firme em sua missão de enfileirar mentiras, Bolsonaro disse que o Brasil é um dos únicos países do mundo que vive cenário de deflação, e disse ainda que o Brasil vai ter inflação menor que a Inglaterra e Estados Unidos. A inflação acumulada no Brasil em 2022 é de 10,07%, muito longe do cenário de deflação. Mentira. As projeções mostram que o Brasil vai encerrar 2022 com inflação maior do que a dos Estados Unidos e da Europa, atingindo os maiores índices dos últimos 40 anos.
Bolsonaro mentiu no JN ao dizer que “se não tivesse ido (à Rússia), não teria fertilizantes” no país. Não é bem assim. A verdade é que a Rússia é responsável pelo fornecimento de 22% dos fertilizantes utilizados pelas indústrias brasileiras.
Bolsonaro deixou o Brasil ainda mais vulnerável quando vendeu fábrica de fertilizantes da Petrobras -adivinha- aos russos.
Bolsonaro abandonou a maior parte dos brasileiros à própria sorte. Seu governo desmontou a maior parte das políticas públicas que davam apoio a quem mais precisava. Com Bolsonaro, hoje 33 milhões de brasileiros passam fome.
Num intervalo de um ano, entre 2020 e 2021, 3,8 milhões de pessoas – quase uma vez e meia a população de uma capital como Belo Horizonte – passaram à situação de pobreza nas metrópoles brasileiras.
O contingente de pessoas nessa situação, que, em 2020, era de 16 milhões dos moradores de 22 regiões, passou a 19,8 milhões, o correspondente a 23,7% do conjunto de habitantes das áreas analisadas.
Isso é atender todas as camadas da sociedade?
A gestão desastrosa de titulares de diversas pastas é prova por si só de que a incompetência é um marco dos homens elencados por Bolsonaro são como ele: ruins de serviço. Não só ele alçou políticos a ministros para cumprir acordos políticos como alguns de seus indicados nem sequer puderam se manter após serem desmascarados por mentir no currículo.
Acordos com a bancada ruralista fizeram com que Tereza Cristina (PP-MS) se tornasse ministra da Agricultura, e Ricardo Salles (PL-SP), do Meio Ambiente. A bancada evangélica emplacou Damares Alves (Republicanos-DF), que é pastora, no Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. Em meados de 2020, para se aproximar dos partidos do Centrão, Bolsonaro nomeou Fábio Faria (PP-RN) para as Comunicações. Em 2021, trouxe Ciro Nogueira (PP-PI) para a Casa Civil e João Roma (PL-BA) para a pasta da Cidadania.
Bolsonaro se refere ao projeto de lei 2.633/2020, apresentado pelo deputado Zé Silva (SD-MG), que trata da regularização fundiária, como explica o Aos Fatos. Ele afirma que essa medida permitiria determinar a origem de focos de incêndio e responsabilizar os culpados, o que não é amparado por documentos oficiais. O texto, na verdade, amplia o tamanho das propriedades que podem ser regularizadas sem vistoria prévia e prevê que essas terras passem a ser vistoriadas caso a propriedade seja alvo de termo de embargo ou de infração ambiental, lavrado pelo órgão ambiental federal. Apesar de o projeto definir parâmetros de respeito ao meio ambiente para a regularização de terras, não é possível afirmar que a legislação ajudaria a identificar autores de crimes ambientais. O projeto foi aprovado na Câmara com alterações, em 3 de agosto de 2021, e segue em tramitação no Senado.
Salles é um criminoso. A investigação contra o ex-ministro inclui desmatamento ilegal, grilagem de terra, fraude em escrituras e exploração madeireira em áreas de preservação permanente.
Especialistas ouvidos pelo Aos Fatos no bioma afirmam que não são comuns os incêndios naturais – também chamados de combustões espontâneas – na região. Kenny Tanizaki, professor de Ciências da Natureza da UFF (Universidade Federal Fluminense), explica que os incêndios naturais são raros no Pantanal e que a origem mais comum é a limpeza do terreno por meio do fogo e a conversão de áreas nativas em pastagens. Ao portal Terra, o pesquisador do SOS Pantanal Felipe Dias afirmou em 2019 que 99% dos incêndios no bioma são de origem humana. “Começa com uma ação do homem e, depois, fatores como a falta de umidade, o calor e o vento se incumbem de espalhar”.
Bolsonaro usa uma frase aparentemente lógica, e de bom senso, para esconder uma triste verdade. Destruir floresta é o que fazendeiros fazem, por livre e espontânea vontade, a cada vez que provocam incêndios criminosos para “liberar” áreas que depois serão ocupadas por gado e, muitas vezes, soja. É o que fizeram no “Dia do Fogo”, ação orquestrada que ficou famosa no mundo inteiro. A propósito, Altamira está queimando agora.
A declaração de Bolsonaro é FALSA, pois a parcela de devedores que tiveram as dívidas perdoadas em até 99% do valor corresponde a apenas 17% do total. A Lei 14.375, que permite a renegociação dos débitos de estudantes inadimplentes que aderiram ao Fies (Fundo de Financiamento Estudantil) até o segundo semestre de 2017, determina descontos de até 99% apenas aos que são devedores há mais de 360 dias e recebem benefícios sociais do governo, que correspondem, segundo cálculo do MEC (Ministério da Educação), a cerca de 17% dos 1 milhão de jovens que podem ser impactados pela medida. Os estudantes que têm débitos vencidos há mais de 90 dias da publicação da medida terão desconto de até 12% do valor total devido. Já os que possuem dívidas não quitadas há mais de 360 dias, mas que não estão inscritos nos programas sociais do governo, recebem descontos de até 77% da dívida. Juros e multas serão perdoados e há a possibilidade de pagamento em até 150 meses. O valor médio da dívida estudantil é de R$ 34.800, de acordo com informações do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação).
O presidente Jair Bolsonaro (PL) foi eleito para a Câmara dos Deputados em 1990, quando já existia um bloco parlamentar chamado de “Centrão”, formado na Assembleia Nacional Constituinte de 1987–1988, termo usado inclusive pelos jornas da época – como explica o Aos Fatos. Esse bloco contava com parlamentares de diversos partidos, entre eles o PDC (Partido Democrata Cristão), ao qual Bolsonaro era filiado na época. O próprio presidente afirmou, em julho de 2021, em entrevista à rádio Banda B, de Curitiba, que integrava o bloco. “Eu sou do Centrão. Eu fui do PP metade do meu tempo. Fui do PTB, fui do então PFL”, disse. Na mesma entrevista, Bolsonaro defendeu o grupo e disse que as pessoas começaram a tratar o “Centrão como algo pejorativo, algo danoso à nação. Não tem nada a ver, eu nasci de lá”.
O presidente saiu com essa frase quando pressionado sobre as alianças que fez para manter seu governo funcionando. Bonner questionou suas alianças com o Centrão porque, em 2018, o candidato dizia que o grupo partidário era o que de pior havia na política. Hoje, forma a base do seu governo. O que o presidente ignora ou quer disfarçar ao mudar de assunto, é que é possível, sim, governar em um cenário democrático e lidar com o contraditório e com partidos de oposição. Dizer que a única opção seria um golpe ditatorial é flertar com arroubos autoritários inadmissíveis no Brasil.
31. Mentira: Minha orientação é cumprir a lei.
O que Bolsonaro mais faz é descumprir a lei. Desde pescar em área de preservação ambiental, até não usar máscara em plena pandemia, ou mesmo não usar capacete nas motociatas que arma por aí. Cumprir a lei não é algo que ele aprecie.
Quando pode, Bolsonaro impõe sigilo de 100 anos a informações ligadas a suspeitas de corrupção no seu governo. Em outros casos, pede o afastamento dos responsáveis pela investigação. Fato é que o governo federal atua para impedir que as denúncias sejam devidamente apuradas. As prisões por corrupção realizadas pela Polícia Federal chegaram ao menor patamar em 14 anos no ano passado: queda de 44% em relação a 2020, revela o Estado de S. Paulo.
O valor de R$ 600 reais do Auxílio Brasil foi uma conquista dos partidos de esquerda e, mais que isso, fruto de uma mobilização de toda a sociedade. Guedes queria pagar R$ 200, jamais esqueceremos. Quem se levantou contra isso foi a esquerda.
Bolsonaro mente no JN. A verdade é que o PT não votou contra o Auxílio de 400. O PT sempre quis que o valor fosse maior, batalhando por R$ 600 desde o início das discussões.
A verdade é que Bolsonaro quer colocar em cheque as eleições, a democracia e o Brasil.
Durante o governo Bolsonaro o preço dos combustíveis não caiu. Em janeiro de 2022, ela custava em média R$ 4,27. Hoje, mesmo depois das medidas eleitoreiras que ele tomou, o combustível ainda está mais caro do que antes: custa em média R$ 5.72. Um aumento de 34%.
Isso ao mesmo tempo em que o salário mínimo nunca valeu tão pouco. Bolsonaro é o primeiro presidente a deixar como legado a desvalorização salário mínimo menor.
A incompetência de Bolsonaro é crônica, e está escancarada na escalada da inflação dos alimentos, no desmonte da Saúde e no aumento da miséria em todo o país. Apesar de se fazer de desentendido, as digitais de Bolsonaro estão em um dos graves casos de corrupção no MEC. Saiu do gabinete da presidência um email, enviado a pedido de Jair, pedindo que Airlton Moura fosse recebido pela pasta. O pastor é um dos investigados no esquema que avalia existência de um gabinete paralelo que chegou a cobrar barras de ouro e contratos de compra de Bíblia como propina. Foi também ele quem destinou R$ 26 milhões para a compra de kits de robótica para escolas em municípios de Alagoas que nem sequer têm água encanada e computadores.
Isso sem contar as várias denúncias de que ele teria conhecimento de esquema para pedir propina na compra de vacinas no auge da pandemia de covid-19.
Com Bolsonaro, o Ministério da Educação virou moeda de troca em um balcão de negócios sujo que jogou a pasta em um lamaçal de escândalos. O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) é palco de vários deles, como a tentativa de compra superfaturada de cadeiras e mesas, ônibus escolares, ministério paralelo formado por pastores, compra de kits de robótica para escolas que não tinham sequer água e a passagem de quatro ministros – um pior que o outro.
O Pix foi lançado durante o governo Bolsonaro, em novembro de 2020, mas a sua criação remonta a 2016, quando esse método de pagamento foi anunciado e começou a ser desenvolvido pelo BC (Banco Central). Segundo a Agência Aos Fatos, na época, o presidente era Michel Temer (MDB). Além disso, não é possível atestar que o Pix tirou dinheiro dos bancos. Apesar de terem deixado de arrecadar com tarifas de transações como DOC e TED, o lucro das instituições não parou de crescer. Em 2021, os quatro maiores bancos do país lucraram R$ 81,63 bilhões, o maior valor nominal registrado desde 2006 e o quarto maior em números corrigidos pela inflação. O lucro do primeiro trimestre de 2022 também aponta tendência de alta.
Essa é clássica de quem não faz nada e quer roubar obras feitas pelos outros. A verdade sobre a transposição do rio São Francisco é apenas uma: foi Lula quem teve a coragem de tirar a ideia do papel. Junto da presidenta Dilma Rousseff, eles executaram 88% do empreendimento, que só não foi concluído por causa do golpe de 2016. A milícia digital e seu chefe supremo não se cansam de espalhar que foi Bolsonaro o pai da transposição. Só 7% das obras aconteceram sob a sua gestão – Temer foi responsável pelos outros 5%.
Ou seja, 88% das obras se deram ao longo de 9 anos com os governos do PT. A inauguração estava prevista para 2018. Bolsonaro fez 7% em 3 anos. Nesse ritmo, a obra demoraria outros 43 anos depois para ser concluída e só ficaria pronta em 2061.
O Zap do Lula trás informações quentes e segmentadas para você poder ficar por dentro…
Valorizar essa categoria é um dos planos do governo do Presidente Lula. Entregadores merecem e…
Confira a lista de grupos regionais do Time Lula Brasil aqui! Participe e faça parte…
Trabalho feito por militantes e ativistas voluntários busca organizar a comunicação no WhatsApp
Faça parte do Zap Time Lula Mulheres! Grupos especiais em defesa da democracia construídos por…
8 de março, um dia que simboliza todas as mulheres e suas lutas, que são…