Bolsonaro, o MITOmaníaco: a mentira como instrumento

Bolsonaro é mitomaníaco, instrumentalizou a mentira como uma tática de seu governo. Ele mente de 4 a 5 vezes por dia e as concentra em discursos sobre covid

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Apoiadores de Bolsonaro conferem a ele o título de “mito”, desde a campanha de 2018. Os fatos mostram que o presidente merece um apelido muito parecido: Minto. Bolsonaro é sim um mito: um mitomaníaco, mentiroso patológico, que mente compulsivamente e faz questão de não mais sair do mundo de falsidades que cria e propaga para o povo.

Em mil dias de governo, Bolsonaro mentiu ao menos 3.989 vezes segundo um levantamento realizado pela agência de checagem Aos Fatos. Dessas mentiras, 62,5% são repetidas, o que mostra que mentir repetidamente é um instrumento deste governo. Atualização: estudo da mesma agência mostrou que, em 2021, Bolsonaro deu 6,9 declarações falsas ou distorcidas por dia!

Os dados trazidos pela agência de checagem são estarrecedores porque as mentiras, no caso de Bolsonaro, também foram usadas como instrumento de morte. Suas lives semanais foram espaço para 1.180 mentiras (29,6% do total), enquanto entrevistas foram palco para 1.099 inverdades do presidente (27,5%). Discursos trouxeram 17,9% das falácias e encontros com apoiadores tiveram 15,6% das mentiras checadas.


O presidente que governa por meio de fake news mente sobre tudo, mas concentra quase metade (48,6%) de suas inverdades sobre o coronavírus. São mentiras levaram 594 mil famílias brasileiras a chorarem a morte de seus entes queridos. São declarações falsas contra máscaras, contra isolamento social e propagandas a favor da cloroquina e do kit covid, medicamento sem eficácia comprovada.


Bolsonaro instrumentaliza a mentira como forma de governar. Com uma base fiel de fãs que sobrevivem de fake news e ajudam o presidente a construí-las e divulgá-las, Bolsonaro tem na mentira uma aliada poderosa.

Relatórios internacionais aponta que Bolsonaro mentiu, em média, 5 vezes por dia em 2020. O presidente emitiu 1682 declarações falsas ou enganosas, segundo dados do The Global Expression Report 2021.


Além disso, a organização registrou que, no ano passado, o presidente, seus ministros e assessores deram 464 declarações públicas contendo ataques diretos a jornalistas ou deslegitimando o trabalho da imprensa. É claro, um mentiroso não gosta do trabalho daqueles que devem atuar em prol da verdade.

Não é à toa que ele já declarou que as “fake news fazem parte da nossa vida”. Mentir já se tornou uma compulsão. Bolsonaro não tem a mínima ideia de como governar com seriedade, verdade ou responsabilidade.


Seu discurso de abertura na Assembleia das Nações Unidas foi um exemplo bem nítido dessa situação, deixando a todos, inclusive os diplomatas brasileiros, estupefatos diante o descolamento do presidente da realidade. Bolsonaro pinta um Brasil que existe apenas em sua mente e na de seus apoiadores.


Mentir é perigoso. Goebbels, o Ministro da Propaganda Nazista na Alemanha dizia que “uma mentira repetida mil vezes torna-se verdade”, e era esse o grande mote do regime de Adolph Hitler. Precisamos estar atentos e fortes para nos lembrarmos sempre de onde está a verdade no governo do Minto.