Lula no Rio de Janeiro: “Votar é cumprir um dever cívico”

Em entrevista, ex-presidente enfatizou a importância de motivar a população a ir votar no domingo para mudar a história do país

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Lula diz que votar é cumprir um dever cívico

Em conversa com a imprensa na manhã desta sexta-feira (30/09), no Rio de Janeiro (RJ), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez um apelo a eleitores de todas as idades, inclusive os que não precisam mais votar, sobre a importância do voto e para que saiam de casa no domingo para exercerem a cidadania e ajudarem na reconstrução do Brasil.

“Quero utilizar o microfone de vocês para dar um recado para o Rio de Janeiro. Para as pessoas que estão desanimadas, possivelmente pensando em não ir votar, em anular o voto, em se abster. Não faça isso. Mesmo que você tenha 70 anos e não precise mais votar, ou quer dormir até mais tarde e não quer votar, não faça isso. Vá cumprir com o seu dever cívico porque você votando, você tem o direito de cobrar”.

Lula contou que, do Rio de Janeiro, onde participou do debate da TV Globo na noite de quinta-feira, viajaria para caminhadas em Salvador e Fortaleza ainda nesta sexta, além de outra em São Paulo, no sábado, com objetivo de motivar os que estão em dúvida se vão ou não votar. “Só tenho que pedir para as pessoas votarem. Tem que ir à urna calmamente votar, sem aceitar nenhuma provocação. Dentro da urna você não precisa dizer em quem está votando”.

Fazer as mudanças necessárias

O ex-presidente afirmou que, nacionalmente, a disputa é entre um presidente que as pessoas sabem o que fez e o que não fez e a candidatura dele (Lula), que é a história do maior legado de inclusão social que o Brasil já conheceu. “Se a gente quer mudar esse país, estamos dizendo ao povo brasileiro que o PT está à disposição, junto com os aliados, para fazer as mudanças necessárias”, afirmou.

Lula ressaltou que a tarefa de consertar o país, para a qual é preciso da participação do povo, não será fácil. Uma das urgências é recuperar a credibilidade internacional, sem a qual o país não tem como atrair investimento, reduzir a inflação dos alimentos e facilitar a produção agrícola, especialmente do pequeno e médio produtor rural.

E a reconstrução do país dependerá de brasileiros de todas as áreas. “Vamos trazer uma parcela significativa da sociedade, do mundo intelectual, do mundo acadêmico, pequenos e médios empresários, pequenos e médios produtores para participar com a gente”, disse, destacando ser preciso pensar numa política ecologicamente correta e numa agricultura de baixo carbono.