Na noite do domingo (16), aconteceu o primeiro debate deste Segundo Turno das eleições. Os dois candidatos ficaram frente a frente e, olha, foi de lavada. De um lado, Bolsonaro só repetiu mentiras. Por sua vez, Lula falou sobre os problemas do Brasil e deixou lições para o adversário.
“Se você souber trabalhar, planejar, vai ter dinheiro para fazer as coisas”, disse o ex-presidente durante o primeiro debate do segundo turno, transmitido pela Band, a TV Cultura, a Folha de S.Paulo e o portal UOL.
Por sua vez, Bolsonaro, como infelizmente era previsto, usou seu tempo para dizer mentiras e atacar Lula. É o que acontece com quem não tem legado para mostrar e nem tem proposta para apresentar. Abaixo, listamos as mentiras de Bolsonaro no Debate da Band neste Segundo Turno, e seus desmentidos.
De acordo com a agência de checagem Aos Fatos, além de registro da câmara dos deputados, Bolsonaro cita duas propostas diferentes que passaram pelo Congresso: a PEC 23/2021, conhecida como PEC dos Precatórios, e a Medida Provisória 1.061/2021, que instituiu o Auxílio Brasil. A primeira medida permite adiar o pagamento de dívidas judiciais pela União, conhecidas como precatórios, e altera a fórmula de cálculo do teto de gastos — o que, segundo o governo, viabiliza o aumento nas despesas necessárias para pagamento do benefício social. A PEC foi criticada por partidos de oposição, que a consideram uma manobra fiscal, já que haveria, segundo críticos, outras formas de abrir crédito sem a necessidade de burlar a regra do teto. A Medida Provisória que instituiu o benefício foi votada em dezembro e foi aprovada pelo PT.
De 2005 a 2019, o Bolsa Família custou R$ 434,1 bilhões. Por sua vez, o governo Bolsonaro pagou R$ 293,1 bilhões de auxílio emergencial em 2020. Com os valores pagos em 2021, o valor chega a R$ 366 bilhões.
A política econômica desastrosa de Bolsonaro e Guedes fez voltar ao vocabulário dos brasileiros palavras que estavam esquecidas nos anos 90. Por conta da inflação, a carestia voltou. Carestia significa encarecimento do custo de vida. Ou seja, é ir para o supermercado e não conseguir comprar alimentos suficientes para alimentar a família.
Em agosto de 2021, o governo apresentou a Medida Provisória 1.061, instituindo o Auxílio Brasil no valor de R$ 400 mensais. A MP começou a valer imediatamente e foi referendada pelo Congresso em novembro, quando virou lei, desta vez com o PT orientando votos favoráveis tanto na Câmara como no Senado.
Uma das maiores transformações promovidas pelos governos do PT foi criar as condições para que milhões de brasileiros e brasileiras tivessem oportunidade de cursar o ensino superior, independente da renda de suas famílias. Dois instrumentos fundamentais para isso foram o ProUni e o Fies.
O ProUni, desde sua criação, em 2005, até o primeiro semestre de 2016, assegurou 2 milhões de bolsas, das quais 1,4 milhão foram bolsas integrais, ou seja, destinadas a estudantes com renda familiar mensal per capita de até um salário mínimo e meio. Pelo Fies, o Estado foi fiador de 2,71 milhões de estudantes universitários.
No final de 2020, Astrazeneca e Pfizer já tinham vacinas seguras e eficazes e tentaram, em vão, vender lotes para o Brasil. Durante meses, Bolsonaro ignorou mais de 100 emails da Pfizer oferecendo vacinas. Esse número veio a público na CPI da Covid, que em 2021 revelou outros escândalos, como a tentativa de compra de uma vacina indiana Covaxin mediante propina.
Na gestão da pandemia de Bolsonaro, não havia respeito pela ciência, o presidente promovia aglomerações, incentivava o uso de remédios sem eficácia comprovada no tratamento da covid-19. O gabinete do ódio mentia, brincando com vidas. Enquanto o país agonizava, ele fazia troça com quem morria literalmente sem conseguir respirar. Resta pouco de humanidade em quem trata a morte em massa como piada.
O próprio Ministério da Saúde, em 2021, admitiu que cloroquina, ivermectina e outros medicamentos do “tratamento precoce” propagado por Bolsonaro não funcionam para combater covid.
Como a agência Aos Fatos lembra, Bolsonaro é desonesto ao citar um vídeo gravado ANTES que se conhecessem os danos da covid, por Drauzio Varella. O médico se retratou prontamente e foi um dos principais faróis de lucidez em meio ao negacionismo de estado, promovido por Bolsonaro. Ele, sim, jamais admitiu a gravidade da doença e os quase 700 mil mortos, sendo que 400 mil poderiam ter sido salvos, são resultado disso.
Por trás de cada número nesta conta mórbida, há uma lágrima, uma história, uma perda. Mais do que isso, há a escolha política e pessoal de um homem que, movido pelo ódio, jamais se condoeu ou enviou solidariedade às centenas de milhares de pessoas, os incontáveis órfãos da pandemia.
O Brasil recebeu vacinas doadas pelos EUA. Além disso, em julho de 2021, o governo de São Paulo anunciou a compra de 4 milhões de doses extras da CoronaVac para antecipar o calendário de imunização no estado. Poucos meses depois, em setembro, cinco outros estados firmaram um acordo com o Butantan para a compra de doses adicionais: Ceará, Mato Grosso, Pará, Piauí e Espírito Santo.
Bolsonaro demonstra, além de desconhecimento da cidade em que viveu 30 anos, seu preconceito mais rasteiro contra o povo brasileiro. Para ele, pobre é sinônimo de bandido. Mentir sobre Lula (não existe relação com criminosos) e espalhar preconceito sobre comunidades (pobre não é sinônimo de bandido) são faces da tragédia bolsonarista.
De acordo com dados do Ministério da Integração Nacional, 96% da transposição já estava concluída quando Bolsonaro assumiu o governo. Em março de 2017, o Eixo Leste já estava pronto e faltavam ser entregues obras do Eixo Norte, concluídas por Bolsonaro.
A própria deputada escreveu em suas redes sociais o desmentido. “Bolsonaro e sua sanha ditatorial ignora trechos importantes da proposta, que visa DIMINUIR o Poder do presidente, aperfeiçoando o trabalho da Suprema Corte. Bolsonaro mente!”, disse Luiza Erundina.
Lula venceu TODOS os 26 processos que corriam contra ele e Sergio Moro foi considerado um juiz suspeito, mentor de perseguição judicial contra o ex-presidente. A fala de Bolsonaro ainda omite que, durante o julgamento de suspeição do ex-juiz Sergio Moro, Fachin votou contra Lula, mas foi vencido: por 7 votos a 4, o plenário do STF entendeu que o juiz foi parcial em suas decisões e anulou as acusações contra o ex-presidente.
Bolsonaro manteve as emendas de relator-geral, mesmo com os alertas da equipe econômica, revelados pela revista piauí, de que a medida era inconstitucional. Ao contrário das outras emendas, a transparência das RP-9 não é assegurada pela legislação.
Após essa mentira de Bolsonaro, o ex-presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (Sem Partido-RJ), publicou em suas redes sociais um vídeo que mostra a mensagem assinada pelo ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência da República, Luiz Eduardo Ramos.
Lula é o presidente que mais fez pela educação. Foi no governo Lula, em 2008, que foi sancionada a lei (Lei nº 11.738/2008) que criou o Piso Salarial Nacional para professores de escolas públicas da educação básica. O piso é o valor mínimo que devem receber os professores em início de carreira e passou a valer para todo o país. Outra iniciativa foi a garantia de formação gratuita para educadores, ainda que em universidades privadas, para aqueles interessados em atuar na educação pública.
Bolsonaro, por sua vez, destruiu a Educação, fazendo o país retroceder em conquistas e entregando o ministério a políticos mais interessados em propina cobrada em barra de ouro do que em melhorar a educação do país.
O número apresentado por Bolsonaro é exagerado. Nenhum dos valores registrados em documentos oficiais se aproxima de R$ 900 bilhões. Essa cifra, errada e já desmentida por agências independentes de checagem, como a Estadão Verifica, foi cunhada por um apoiador de Bolsonaro e divulgada, originalmente, na Jovem Pan, emissora de viés tão abertamente favorável ao atual presidente que, inclusive, está sendo investigada. É típico e lamentável de Bolsonaro reproduzir as fake news que seu próprio grupo cria.
Segundo a Aos Fatos e o site Conjur, o ex-ministro do STF Joaquim Barbosa não disse, durante o julgamento do chamado mensalão, em 2012, que Bolsonaro foi o único parlamentar a não pegar dinheiro na Petrobras. O magistrado disse que, na votação de uma subemenda ao projeto de lei de falências de 2003, os líderes de quatro partidos que receberam propina do PT orientaram suas bancadas a aprovarem a proposta e que votou contra “somente o senhor Jair Bolsonaro”, na época filiado ao PTB, de Roberto Jefferson.
Joaquim Barbosa, relator do processo do mensalão, no qual votou pela condenação de petistas, declarou seu voto em Lula nessas eleições e afirmo que Jair Bolsonaro não está à altura do cargo e causa isolamento internacional do país.
Bolsonaro mentiu e “esqueceu” de dizer que houve alta na devastação no seu mandato e queda no de Lula. Sob Bolsonaro, os números do desmatamento subiram: em 2018 eram 7.536 km², foram 10,1 mil km² em 2019 e 13 mil km² em 2021, maior taxa desde 2006. Com Lula o desmatamento caiu. Com Bolsonaro, explodiu.
Logo após essa declaração de Bolsonaro, entidades que atuam com o tema contestaram o presidente nas redes sociais. O Observatório do Clima, rede da sociedade civil que luta contra a crise climática, publicou a seguinte mensagem no Twitter: “Jair Bolsonaro MENTE sobre desmatamento no governo Lula. O PT pegou o desmatamento em 25 mil km2 e reduziu a 4.500 km2. Bolsonaro pegou com 7.500 km2 e levou a 13.000 km2”
Lula já desmentiu isso antes, em entrevista ao Ratinho. Enquanto o bolsonarismo transforma o significado da expressão, tornando-a sinônimo de “censura”, a verdade é que a regulação da mídia diz respeito a não permitir o monopólio no setor das comunicações.
A comunicação social precisa ser democrática. Ou seja, deve ser entregue a todos os cidadãos brasileiros e representá-los. Está na Constituição Federal que a comunicação social tem que ser ampla, diversa e plural. E, para isso, é preciso que o governo elabore leis, através do que tem sido chamado “Marco Regulatório”, para impedir que os meios de comunicação fiquem concentrados nas mãos de poucos empresários ou grupos empresariais. Sobretudo, é preciso que as políticas para o setor garantam soberania econômica, cultural e política nas comunicações.
São muitas as notícias falsas criadas contra Lula usando religião e fé como argumento. Mentiras criadas com o único objetivo de assustar evangélicos, promover discurso de ódio e preconceito religioso. Tudo para tentar afastar os cristãos de Lula.
Mas a verdade é uma só: Lula é cristão. Nunca fechou igrejas nem vai fechar igrejas, não tem pacto com demônio e sempre respeitou todas as religiões. Lula acredita que a liberdade religiosa é fundamental para a democracia e também sabe que a liberdade de crença e culto é um direito assegurado a todos os brasileiros.
A agência Aos Fatos contabiliza: essa mentira já foi dita por Bolsonaro 27 vezes durante seu mandato e deriva de uma frase que passou a circular nas redes em 2016. Quem primeiro citou isso, veja só, afirmou não ter provas. Há, inclusive, ONGs na Venezuela que trabalham com o resgate de animais, que têm sido abandonados com grande frequência dada a escalada da crise econômica.
A gente já falou antes, mas às vezes é preciso repetir coisas óbvias. O bolsonarismo está desesperado e inventa falsos “riscos” que as crianças estariam correndo para assustar adultos. O objetivo dessa tática é distrair as pessoas do debate que realmente importa.
Espalhar que Lula ou o PT querem implantar banheiro unissex é fake news. Dizendo com todas as letras: Lula é a favor de banheiros separados. Se você receber essa fake de alguém, explique para a pessoa que se trata de uma mentira e que o risco real que as crianças brasileiras estão correndo é morrerem de fome!
Não é verdade que o plano de governo do presidenciável do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, traga propostas como a legalização das drogas e a perseguição a religiosos, como sustenta um vídeo que circula nas redes (veja aqui). Nenhum dos oito itens citados na gravação constam no documento entregue pelo petista ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral). A assessoria de Lula também desmentiu a veracidade da alegação.
É Bolsonaro quem beneficia criminosos ao facilitar o acesso e a compra de armas pela população, fortalecendo gangues e assaltos do “cangaço urbano”; e também ao mudar a legislação existente e passar a permitir que se abram pistas de pouso (usadas por traficantes) país adentro sem nenhum controle da ANAC, como era feito anteriormente.
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