1º de Abril é dia de Bolsonaro, o pai da mentira

Hoje é 1º de Abril, Dia da Mentira. Uma data que, provavelmente, surgiu lá no século 16, na França, quando se comemorava a chegada do ano novo ao longo da semana entre os dias 25 de março ao dia 1º de abril. Em 1564, o rei Carlos 9º decidiu que o Ano Novo seria celebrado em 1º de Janeiro, devido à adoção do calendário gregoriano. As pessoas demoraram a se acostumar e outras resistiram à mudança. Essas pessoas foram ridicularizadas e eram chamadas de “bobos de abril”, sendo vítima de trotes, tradição que dura até hoje no nosso primeiro de abril.

No Brasil, quem leva a data muito a sério é o presidente Jair Bolsonaro, que praticamente institucionalizou a mentira no governo brasileiro. Bolsonaro ganhou as eleições de 2018 com uma campanha baseada em fake news das mais esdrúxulas e segue com o mesmo método até hoje. Ele mantém uma máquina poderosa que fabrica esse tipo de notícia contra os adversários e a seu favor funcionando a todo vapor no terreno fértil das redes sociais. Essa milícia digital está sob a mira da justiça e é alvo de uma CPI no Senado Federal, mas cultiva laços poderosos.

O próprio presidente já admitiu seu modo de vida. Em setembro do ano passado, ele declarou em um evento que as “fake news fazem parte da nossa vida”. E fazem mesmo parte da vida dele! A agência de checagem Aos Fatos apurou que Bolsonaro deu 7 declarações falsas ou distorcidas por dia, em 2021, totalizando 2.516 mentiras no ano. E esse movimento só veio aumentando: em 2019, eram 1,6 mentiras por dia; em 2020, esse número saltou para  4,36 mentiras diárias propagadas pelo chefe da nação.

Mais da metade dessas notícias falsas foram sobre a covid-19, totalizando 1.278 declarações em 2021. Desde o início da pandemia, o presidente já falou 2,183 mentiras sobre a doença. E as mentiras de Bolsonaro custaram muitas vidas. Uma pesquisa publicada na revista internacional The Lancet para as Américas mostrou que o risco de morte por coronavírus foi 44% maior em cidades bolsonaristas. Isso por causa das informações inverídicas e defesa do uso de kit covid para tratamento da doença, por exemplo. Mentiras custam vidas.

 Bolsonaro mente também sobre os casos de corrupção em seu governo e se tornou especialista em criar cortinas de fumaça para abafar os escândalos constantes. Ele mente também quando inaugura e colhe os louros de obras que não são suas, como a transposição do Rio São Francisco ao Rio Grande do Norte, feito de Lula.

O aparato bolsonarista é imenso. Páginas propagadoras de fake news que receberam verbas públicas do governo em 2019 foram responsáveis por publicar 206 mil postagens no Facebook ao longo de 10 anos, uma média de 57 mentiras por dia ou 2 mentiras por hora, de acordo com o estudo publicado pelo Grupo de Pesquisa sobre Democracia e Tecnologias Digitais, do Centro de Pesquisa Jurídica e Digital , em conjunto com o Facebook.

Ao longo de 2019, um total de 843 canais classificados como inadequados receberam anúncios pagos do governo federal. As inadequações envolviam exibir material de conteúdo sexual, páginas de jogos de azar ilegais, ofertas de investimentos ilegais, desrespeito a direitos autorais e propagação de notícias falsas. Entre os 47 sites de fake news que receberam verba pública, 27 têm páginas de Facebook e tiveram suas publicações analisadas, entre 2010 e 2020. No período, essas páginas contabilizaram 250 milhões de interações.

Se a mentira tem perna curta no ditado popular, no governo Bolsonaro ela se cria e corre solta.

Por isso, em defesa da nossa democracia e de eleições limpas em 2022, cada um de nós se torna um agente da verdade. Encontrou alguma fake news? Denuncie em lula.com.br/verdadenarede. Nesse endereço, você também encontra materiais de combate às mentiras da internet e pacotes de figurinhas para espalhar por aí.