Fabricar fake news em série é a principal estratégia bolsonarista para tentar encobrir os desastres do governo Bolsonaro e atacar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Desesperados em meio a escândalos de corrupção e profanação religiosa que envolvem Jair Bolsonaro, Milton Ribeiro (ministro da Educação recém-desligado da pasta) e pastores evangélicos, integrantes da milícia bolsonarista operam a todo vapor. A mais nova onda de fake news diz respeito a Rosângela da Silva, a Janja, noiva de Lula.
Ataques à família do ex-presidente não são novidade. São recorrentes fake news sobre uma suposta Ferrari de um filho, ou sobre uma fazenda milionária de outro, ou ainda sobre um terceiro filho que teria zombado do preço da gasolina. Todas mentiras, verificadas inclusive por agências de checagem.
A fake news da vez afirma que Janja seria foragida da Justiça. É, obviamente, mentira: como poderia uma foragida cumprir agendas públicas, com destino certo e monitorável e residência fixa? Janja não apenas não é foragida como não tem acusações na Justiça. Os foragidos da Justiça são os blogueiros apoiadores de Bolsonaro que participam de agendas nos EUA com ministros de Estado brasileiro enquanto fogem da cadeia.
Deputados bolsonaristas dedicam-se a espalhar a fake news, entre eles Diego Garcia, deputado federal paranaense, que já foi vice-líder da bancada do governo na Câmara e respondeu a processo de cassação por haver agredido um deputado do PT em sessão. Garcia, que já foi acusado por corrupção ativa por compra de carteira nacional de habilitação, utiliza dinheiro público para espalhar fake news sobre Janja, na esperança de desviar a atenção de mais um escândalo de corrupção no governo Bolsonaro. O deputado, aliás, é da tropa de frente do negacionismo e chegou a afirmar que preferia perder seu mandato a vacinar seu filho contra a Covid-19.
Essas fake news foram alimentadas ativamente pela revista Veja, notória detratora de Lula e dos avanços de seus governos. Nesta terça( 29), a revista afirma que oficiais de Justiça não estariam conseguindo localizar Janja para entrega de intimação referente a supostas dívidas, algumas das quais já foram resolvidas e outras estão em etapas de negociação judicial e extra judicial. Como é de costume da revista e de amplos setores da imprensa parcial, a resposta de Janja às acusações está escondida, sem nenhum destaque. Janja está devidamente representada em todos os processos de negociação de dívidas, e não houve nenhum tipo de tentativa de fuga de oficiais de justiça, ao contrário do que tenta retratar a revista.
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