Frequentar as prateleiras dos supermercados tornou-se um pesadelo para boa parte dos brasileiros, graças à desastrosa política econômica de Bolsonaro e Paulo Guedes. Os preços estão cada vez mais altos e a inflação descontrolada está devorando o poder de compra do trabalhador.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) chegou aos dois dígitos e bateu a marca de 10.06% em 2021, segundo dados do IBGE. Entre os itens que pesaram mais no orçamento estão o óleo de soja (90% desde o ano anterior), arroz, carne e café, ou seja, muitos itens que fazem parte da alimentação diária dos brasileiros.
O Brasil passa por uma crise econômica advinda da pandemia do coronavírus e, principalmente, da incapacidade do governo Bolsonaro e de seu ministro Paulo Guedes em gerir a economia do nosso país.
Bolsonaro se elegeu tendo a figura de Paulo Guedes como um dos principais nomes de seu governo, mas o ministro tem deixado muito a desejar. Ele já foi chamado até mesmo de “faria loser”, ou seja, de “perdedor”, em cartazes pela Faria Lima, rua famosa de São Paulo por abrigar empresas de grande porte.
Com esse cenário, a inflação não dá sinais de queda. Fechamos 2021 com a maior inflação entre 44 economias destacadas pela OCDE e devemos terminar 2022 entre as nove maiores taxas ao consumidor, segundo projeções.
Levar cada vez menos sacolas para casa pagando cada vez mais já faz parte da rotina dos brasileiros. Nosso dinheiro vale menos e a conta de alimentos e utensílios domésticos tem comprometido muito a renda das famílias, em especial das famílias mais pobres. Segundo pesquisa da Superdigital, mais de um terço (36%) do consumo das classes C e D se concentra em gastos com mercado. Com isso, quase metade dos gastos da base da pirâmide está vinculada à alimentação e, em menor escala, a itens de higiene pessoal e limpeza.
Escolhemos itens que fazem parte da alimentação básica do dia-a-dia do brasileiro e um item de higiene para mostrar como o nosso poder de compra diminuiu de 2010, no último ano do governo Lula, para 2021.
Ainda a título de comparação, o preço da cesta básica ultrapassou os R$ 700 em várias capitais do país. Com o salário mínimo atual, de R$ 1.212, é possível comprar 1,73 cesta básica. Em 2010, com um salário mínimo era possível comprar 2,31 cestas básicas, proporção que chegou a 2,58 em 2014.
Na época dos governos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do PT era diferente. Colocar o pobre no orçamento foi um dos principais pilares das gestões de Lula. Políticas de inclusão social, programas de transferência de renda, geração recorde de emprego e a política de valorização do salário mínimo foram alguns dos responsáveis por tirar da miséria 36 milhões de pessoas.
Políticas de incentivo à agricultura familiar (como o Programa de Aquisição de Alimentos – PAA – e o Programa Nacional de Alimentação Escolar – PNAE), combinadas aos estoques reguladores da CONAB, responsáveis por manter sob controle o preço dos alimentos, ajudaram a fazer com que o Brasil saísse do Mapa da Fome da ONU pela primeira vez em 2014. Hoje, a fome volta a assolar o país.
Em uma comparação direta, com R$ 200 em 2022, o consumidor consegue comprar 10kg de arroz, 3 kg de feijão, 2 kg de contra filé, 3 kg de peito de frango, 1 litro de óleo e 2 kg de tomates.
Com o mesmo dinheiro na mão em 2010, dava para aumentar bem essa lista de compras levando, além dos itens mencionados acima, 3 kg de batatas, um pacote de papel higiênico com 8 rolos, 1 kg de café e ainda 3,3 kg de picanha para um churrasco bem animado.
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