Se você ainda não foi o sorteado da vez, fique atento. É possível que um vídeo completamente mentiroso, com mais de 2,6 milhões de visualizações no YouTube, chegue em breve no seu Whatsapp trazendo uma verdadeira enciclopédia de fake news e ódio. A milícia digital bolsonarista criou e tem circulado um vídeo em inglês, com a alegação de que ele será transmitido “em todas as televisões da Europa”. Mais mentiras! O vídeo caseiro, intitulado Corrupção em Vertigem, foi inicialmente postado no Youtube em 2020 e é nada mais do que uma sequência de fake news já desmentidas, que tenta fazer um paralelo com o longa Democracia em Vertigem, premiado internacionalmente.
Com uma trilha que tenta causar emoção, as mentiras são contadas em inglês por uma voz que se assemelha à de uma criança. Tentam associar à inocência da infância um discurso odioso e mentiroso criado a partir de muito dinheiro e distribuído pela indústria do ódio e das fake news. E mais, com recursos de edição, trilha sonora e estética fajuta, têm a audácia de tentar se comparar com um documentário que é sucesso de crítica e público. Dirigido por Petra Costa, o filme Democracia em Vertigem retrata os bastidores do impeachment golpista da presidenta Dilma Rousseff, o julgamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o pleito que elegeu o extremista de direita Jair Bolsonaro. Um verdadeiro retrato do golpe, o longa acumula prêmios internacionais e foi indicado ao Oscar de Melhor Documentário de Longa Metragem em 2020.
Já de cara, o vídeo mente e ataca a imagem do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva chamando-o de bandido e de líder de uma gangue. É literalmente toda a farsa criada pela Lava Jato e já desmentida diversas vezes. Lula foi absolvido da principal acusação que a Lava-Jato fez contra ele, que era a de liderar uma organização criminosa, naquela denúncia esdrúxula que ficou conhecida por causa do PowerPoint. A Justiça considerou a acusação com viés político e a sentença foi tão forte que o Ministério Público sequer recorreu.
O texto fica ainda mais absurdo logo depois. Bolsonaro é chamado de honesto, humilde corajoso e, num delírio ainda maior, de democrata. Ele mesmo, o líder da milícia digital, um genocida que brincou com a vida do povo durante a pior crise de Saúde de nossos tempos e causou a morte de quase 650 mil pessoas.
A seguir, listamos as sete principais mentiras “gentilmente” agrupadas nessa produção de baixa qualidade e zero compromisso democrático.
É o puro suco da farsa lavajatista, que criou uma narrativa para destruir a soberania da Petrobras. Durante as gestões de Lula e Dilma, lucro e população não eram antagonistas. Pelo contrário, os governos do PT conciliavam lucros recordes sucessivos na Petrobras e combustíveis a preços acessíveis para a população. O PT não quebrou a estatal e a Petrobras não é uma empresa corrupta. Essa é justamente a raiz das mentiras criadas por Sergio Moro, Dallagnol e seus comparsas, já desmentida milhares e vezes e igualmente repetida à exaustão por gente sem caráter.
Desde que Bolsonaro assumiu, a gasolina já subiu 157% por culpa da política de dolarização adotada pela Petrobras: ganhamos em real e pagamos pela gasolina em dólar. Vale lembrar que, nos oito anos em que Lula foi presidente, com investimento e valorização da Petrobras, a gasolina subiu só R$0,43. Enquanto o governo não move uma palha para impedir que os combustíveis sejam reajustados a cada variação internacional do petróleo, a empresa aumenta o lucro sem se preocupar que os preços altos impactam a inflação, levam a um aumento generalizado do custo de vida e tornam a vida do brasileiro muito mais difícil.
Ou seja: enquanto os acionistas enchem os bolsos, o povo luta para ter qualquer dinheiro para conseguir comer e cozinhar. Isso em um país rico e autossuficiente em petróleo: produz uma média diária de 3 milhões de barris de petróleo, volume mais que suficiente para atender ao consumo doméstico, de 2,5 milhões de barris diários. Mas mesmo assim precisa importar petróleo e também derivados, como gasolina e diesel.
Não existe nenhuma razão técnica, não existe nenhuma razão político-econômica para que a Petrobras tenha tomado a decisão de internacionalizar o preço do combustível, a não ser para atender aos interesses dos acionistas, sobretudo os acionistas de Nova York.
Lula
Hoje, o aumento sem fim do preço dos combustíveis nos últimos anos, além de penalizar o brasileiro e aumentar a inflação de forma generalizada, colocou a Petrobras como a empresa do ramo de petróleo que mais lucrou em todo o mundo no primeiro trimestre de 2022, inclusive na comparação com gigantes como Shell, Exxon, Chevron e BP.
Os constantes reajustes no preço da gasolina não se devem somente ao cenário internacional, não caia nessa desculpa esfarrapada do governo federal. Desde que a Petrobras adotou a política de dolarização dos preços, subordinando os preços aos humores do mercado internacional, o Brasil produz em real e paga em dólar, o que enriquece os acionistas internacionais, mas gera um custo altíssimo para a população brasileira. Além disso, a venda de distribuidoras como a BR Distribuidora e a campanha de destruição do nome da Petrobras têm responsabilidade direta no problema.
+ Entre em um de nossos grupos de Whatsapp e torne-se um Agente da Verdade!
Nós precisamos fazer com que a Petrobras volte a ser uma grande empresa nacional, uma das maiores do mundo. Colocá-la de novo a serviço do povo brasileiro e não dos grandes acionistas estrangeiros. Fazer outra vez do Pré-Sal o nosso passaporte para o futuro, financiando a saúde, a educação e a ciência.
Lula
@bolsomamata #gasolina #forabolsonaro #inflacaobrasileira #bolsocaro #forabozo ♬ som original – Bolso Mamata
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A verdade sobre a transposição é bem diferente desse delírio bolsonarista. Lula teve a coragem histórica de iniciar o Projeto de Integração do Rio São Francisco, que estava há 170 anos no papel! Os governos de Lula e Dilma Rousseff foram responsáveis pela execução de 88% das obras do empreendimento, que vai garantir acesso à água a mais de 12 milhões de pessoas em 390 municípios dos estados de Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará.
Em maio de 2016, mês do golpe contra Dilma, a obra ocorria 24 horas por dia, com 9 mil trabalhadores e 3 mil equipamentos, trabalhando para levar dignidades para as populações do semiárido e demais regiões onde a escassez limita a qualidade de vida e a atividade econômica. Em 2019, a fábrica de fake news e desinformação bolsonarista produziu uma série de posts enaltecendo a atuação do presidente na condução das obras. Só que, no ritmo que Bolsonaro levou para finalizar os apenas 7% que faltavam da transposição quando assumiu o governo, a obra demoraria 43 anos para ser concluída.
Eu só espero que o Bolsonaro, que está fazendo viagem para inaugurar o pedacinho que ele concluiu, tenha a coragem de dizer: ‘Eu estou inaugurando aqui, mas quem começou essa obra foi o presidente Lula’
Lula em 2019
Enquanto requentam mentiras sobre a transposição, Bolsonaro e seus asseclas criam cortina de fumaça para o toma lá, dá cá que é o governo Bolsonaro, um belo exemplo da velha política que ele criticou apenas para tentar se eleger.
O que eles tentam esconder é uma grave denúncia de corrupção envolvendo os altos escalões do governo, apelidada de bolsolão do asfalto. A empreiteira Engefort, de Imperatriz, no Maranhão, tem conquistado a maioria das concorrências de pavimentação do governo Bolsonaro em diferentes licitações nas quais participou sozinha ou na companhia de uma empresa de fachada registrada em nome do irmão de seus sócios. A raiz do problema é a farra do orçamento secreto: fonte de 70% dos recursos recebidos por ela até agora.
A empresa é líder dos repasses da Codevasf, estatal federal entregue por Bolsonaro numa barganha política que afrouxou o controle sobre as obras, e também se beneficia de verbas de emendas parlamentares. No ano passado, foi a segunda construtora mais contratada pelo governo federal com dinheiro público, apesar de não ter comprovado no balanço o valor real das obras executadas, como apontou uma auditoria independente.
Essa não é a primeira vez que a população denuncia a péssima qualidade das obras de pavimentação neste governo, e começaram a vir à tona pouco depois da manobra. Na cidade de Petrolina, os moradores nem se atrevem a chamar aquilo de asfalto. Por lá, o nome é farofa ou Sonrisal. A qualidade é tão baixa que o pavimento derrete sob o sol quente (que não são poucos já que estamos falando de Pernambuco) e gruda na sola dos sapatos de quem anda por aí. Quando quebra em pedaços, se esfarela, daí os apelidos “carinhosos”.
Ou seja, quando Bolsonaro de fato faz algo que parece positivo, e não só inaugura obras construídas quase que majoritariamente nos governos petistas, o presidente na verdade está fazendo politicagem. E com o agravante da falta de transparência, do afrouxamento da fiscalização e da péssima qualidade do que entrega. Não é à toa que um levantamento realizado pela agência de checagem Aos Fatos revelou que Bolsonaro deu 7 declarações falsas ou distorcidas por dia. Em muitas delas, tenta se apropriar do legado dos governos de Luiz Inácio Lula da Silva, chegando a creditar a Jair obras e projetos que nunca foram desenvolvidos por ele.
O governo que nada fez pelo Brasil, divulgou, em 2020, uma lista de 33 inaugurações que faria no segundo semestre daquele ano. Dessas, 25 obras da lista foram planejadas pelos governos petistas, 2 começaram a ser executadas no governo do golpista Michel Temer e apenas 6 saíram do papel no atual governo, mas já eram discutidas nas gestões passadas.
+ Como denunciar mentiras e fake news do bolsonarismo
Das 18 obras rodoviárias da lista falseada, apenas uma foi inteiramente conduzida pelo Ministério de Bolsonaro. Todas as outras fizeram parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), criado pelo governo do PT em 2007. Ele também mente sobre a substituição de programas de sucesso por projetos que assistem menos pessoas, como o Minha Casa, Minha Vida e o Bolsa Família – maior programa de transferência de renda do mundo – implementado por Lula há 18 anos, por um novo programa que vai deixar 29 milhões de famílias desamparadas.
Desde o início de sua campanha presidencial, em 2018, Jair Bolsonaro dedica-se a espalhar mentiras e desinformação sobre o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento) , grande indutor de desenvolvimento durante os governos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do PT. A verdade é que entre 2002 e 2010, ao longo dos dois mandatos de Lula, o lucro do banco aumentou quase 18 vezes: passou de R$ 560 milhões para R$ 9,9 bilhões, mesmo com a crise econômica mundial de 2008.
O BNDES, que não financiava obras em países estrangeiros, mas sim a exportação de bens e serviços brasileiros (inclusive de engenharia para o exterior), investia em empresas brasileiras que geram empregos no Brasil ao fazerem exportações.
Além disso, o principal mercado dessas exportações financiadas pelo banco foram os Estados Unidos, e não países sobre os quais muito se fala, como Cuba, Angola e Venezuela. Portanto, cai por terra o argumento dos radicais da direita cairia por terra já que os norte-americanos corresponderam por mais de 40% de sua atuação de 1998 até 2016.
No pior momento econômico da história recente do Brasil, o BNDES se tornou bode expiatório para os criadores de fake news como forma de desviar a atenção da grave crise econômica que o Brasil atravessa. Um país rico, com gente dedicada e capaz de proezas impressionantes, em que o povo não tem sequer o que comer, a inflação voltou a ser um monstro nos lares e as pessoas são tratadas como massas de manobra guiadas por mentiras políticas.
Esta fake news vem com requintes especiais de crueldade. O acesso ao saneamento é medida essencial para que as pessoas tenham água para beber e não precisem viver literalmente no esgoto. É um retrato da pobreza
: mais de 100 milhões de pessoas ainda não têm acesso à coleta de esgoto e 35 milhões não têm água tratada.
O objetivo dessa mentiraé alimentar a sanha privatista de um governo que não consegue gerir nem a si mesmo, que dirá a economia e as importantes estatais brasileiras. O saneamento básico, tido como item certo pela população mais abastada, é ainda hoje um item de difícil acesso para boa parte de quem vive na pobreza ao redor do mundo. Não é de hoje que o Brasil discute a privatização do saneamento básico. Falar disso em um país com mais de 27 milhões de pessoas vivendo abaixo da linha da pobreza (FGV) é, no mínimo, cruel.
A primeira tentativa de privatizar o saneamento básico veio no governo de Fernando Henrique Cardoso e foi enterrada de vez pelo presidente Lula, assim que assumiu a presidência. O investimento recorde no setor rompeu o apagão do saneamento básico que se vivenciava no Brasil. Entre 2002 e 2015, a coleta de esgoto domiciliar cresceu 27% no país. O aumento foi exponencialmente maior na região Norte – 325% de crescimento na rede de coleta de esgoto entre 2002 e 2015.
O acesso à água também cresceu para toda a população, mas cresceu muito mais para aqueles mais pobres: entre 2002 e 2015, o acesso à água cresceu 7 vezes mais rapidamente para a camada dos 5% mais pobres da população.
Lula colocou o saneamento no PAC e disponibilizou, só em 2007, 12 bilhões de reais para o setor. Enquanto isso, a Secretaria Nacional de Saneamento trabalhava em um projeto de lei que norteasse as ações de saneamento no Brasil. Essa proposta se efetivou com a promulgação da Lei Federal nº11.445/2007, que define os elementos que constituem o saneamento básico: abastecimento e tratamento de água, esgotamento sanitário e manejo dos resíduos sólidos e das águas pluviais.
Haja estômago para aguentar os repetidos ataques contra os estudantes e professores das escolas brasileiras. Não há, nem nunca houve, qualquer prova sobre essas acusações, que repete a cartilha de 2018 de atacar a educação com mentiras e ódio. Trata-se dos mesmos criadores de mentiras como o kit gay e outros sem fim. Por que o governo Bolsonaro é inimigo da educação?
Um dos mais abjetos escândalos de um governo que “não tem corrupção”, porque não deixa ter investigação está na educação. Não só pela sádica postura durante a pandemia de covid-19, que deixou milhares de alunos fora das escolas e com atrasos preocupantes de aprendizados, mas também pelo obscurantismo promovido pelos ministros de Bolsonaro, todos reprodutores de que espaços de aprendizado são lugares de práticas criminosas ou escusas. Balanço do Orçamento da União, feito pelo Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc), mostra que a educação passa por um processo de desfinanciamento no atual governo, com redução de R$ 8 bilhões na execução financeira, entre 2019 e 2021.
A Educação foi negligenciada e transformada em balcão de negócios por esse governo em plena pandemia, quando as escolas passaram por um período difícil de adaptação e os alunos sofrem com o atraso causado pelas necessárias medidas de isolamento. Mas a preocupação com as crianças, jovens e professores, ao que tudo indica, é apenas nossa. Acuado por denúncias, o ex-ministro Milton Ribeiro foi exonerado do cargo em 28 de março, dias depois de a Folha de S. Paulo revelar áudios em que o ele dizia priorizar prefeituras cujos pedidos de liberação de verbas fossem negociados por dois pastores sem cargo e que atuavam em um esquema informal dentro do MEC, como em um gabinete paralelo. Depois que a gravação repercutiu, ele negou o pedido de Bolsonaro, mas a crise se instalou para ficar no ministério. Ribeiro foi o quarto a ocupar a pasta em três anos.
Paralelamente a isso, explodiu o esquema das escolas fake. Em resumo, não há dinheiro sequer para terminar 3,5 mil unidades em construção há anos. Ainda assim, o MEC autorizou a construção de 2 mil novas unidades em pleno ano eleitoral sem que haja qualquer previsão de conclusão das obras. A base do esquema é o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), controlado pelo chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, conforme revelado pelo jornal O Estado de S. Paulo. O fundo precisaria ter R$ 5,9 bilhões para tocar todas as novas escolas contratadas. Com o orçamento atual, isso levaria 51 anos.
Mas nem só de escolas que (ainda) não existem se faz um escândalo. Jair Bolsonaro destinou R$ 26 milhões de recurso do Ministério da Educação (MEC) para a compra de kits de robótica para escolas de pequenos municípios de Alagoas que nem sequer contam com água encanada e computadores. Antes, ainda, o Ministério da Educação foi acusado de tentar superfaturar em mais de R$ 700 milhões a compra de ônibus escolares.
A realidade atual é bem diferente daquela do governo Lula, quando foram criadas 18 novas universidades federais, 184 novos campi universitários, 500 novas escolas técnicas e dois milhões de bolsas do Prouni. O ex-presidente Lula tem incluído o “cuidar da educação” como uma das tarefas prioritárias na reconstrução do país que se faz necessária após os retrocessos do governo Bolsonaro. Ele tem demonstrado preocupação especial com a defasagem a que crianças e jovens de famílias mais pobres foram expostos durante a pandemia por causa da falta de condições adequadas para acompanhar o ensino no formato remoto. Muitas famílias não tinham equipamento nem conexão de internet suficiente para o modelo de ensino à distância.
Lula afirma que é preciso fazer o que foi feito nos governos do PT, com o orçamento permitindo que as universidades funcionem em sua plenitude e dando garantias a professores, pesquisadores e especialistas. “Universidade sem dinheiro, sem laboratório, sem capacidade de pesquisa, não vale muita coisa. Então, o que nós vamos fazer é recompor orçamento dessas universidades, fazer mais investimento em ciência e tecnologia, fazer mais investimento nas escolas técnicas, para que a gente possa ter uma parcela da sociedade altamente qualificada”, disse recentemente.
Criadores de mentiras são pessoas tão arrogantes que realmente pensam que o povo não tem memória ou acesso à informação. Uma busca simples no Google refresca a memória para o fato de que Bolsonaro ativamente lutou para impedir qualquer forma de auxílio durante os meses mais duros de uma pandemia que deixou o país em luto. Para ele, a ciência e as formas que se provaram efetivas no combate à disseminação da covid-19 eram “frescura”, e ao povo cabia apenas continuar trabalhando e morrendo de uma doença ainda sem cura e cujos efeitos a médio e longo prazo são ainda pouco conhecidos.
Foi o Congresso Nacional quem pressionou o presidente a fazer alguma coisa de útil com sua caneta. Sim, Bolsonaro era contra o auxílio e hoje quer sair bem nas fotos com seu disfarce de estadista que cuida do povo. Sem conseguir ganhar nesse braço de ferro, o presidente fez então o que faz de melhor, e promoveu um programa cheio de inconsistências lançado como uma muleta para substituir as pernas do povo brasileiro, que era o Bolsa Família. Por pura picuinha política e ideológica, destrói-se, sem um substituto à altura, o maior programa de distribuição de renda e combate à pobreza do mundo.
Com a inflação mais alta registrada em um mês de abril em 26 anos e mais de 12% nos últimos 12 meses, a renda do trabalhador brasileiro segue em processo de encolhimento. Uma projeção do jornal O Estado de S. Paulo indicou que a fila de pessoas esperando para receber o Auxílio Brasil teria subido para pelo menos 1,3 milhão em março, sem previsão de queda. É importante lembrar que, ao extinguir o Bolsa Família e criar o seu substituto inicialmente com 14,5 milhões de beneficiários, o governo federal deixou de atender cerca de 29 milhões de famílias.
O grande sucesso do Bolsa Família era que ele tinha um Cadastro Único, que os prefeitos participavam, ou seja, era uma coisa consolidada. O presidente poderia ter dado um aumento ao Bolsa Família e ter deixado. Mas o presidente, como todo e qualquer político medíocre, como todo e qualquer político pequeno, como todo e qualquer político que joga rasteiro, ele acha que ele pode enganar a população tentando inventar um programa para dizer que é seu no ano eleitoral.
Lula
Triplex, Atibaia, caças gripen… São várias as mentiras que você vê todos os dias tentando associar Lula a crimes que, já foi mais do que provado, ele nunca cometeu. A defesa do ex-presidente acumula 25 vitórias judiciais, em absolutamente todos os processos que eram movidos contra ele. Além disto, o Superior Tribunal de Justiça determinou que o ex-procurador Deltan Dallagnol (o do power point) terá de indenizar Lula por danos morais.
Vale lembrar que todos os processos que tiveram o envolvimento do ex-juiz e ex-ministro de Bolsonaro, Sérgio Moro, foram anulados devido à suspeição de Moro para julgar os casos e porque o ex-juiz não poderia ter julgado Lula em Curitiba, de acordo com acórdão do Supremo. Moro foi parcial, suspeito e atuou contra Lula, o que configurou o processo de ilegalidade em todas as instâncias. Nos casos em que o ex-presidente foi julgado fora de Curitiba, ele acabou absolvido ou as acusações foram rejeitadas pela ausência de provas.
Lula foi absolvido da principal acusação que a Lava-Jato fez contra ele. Em abril, o Comitê de Direitos Humanos da ONU divulgou decisão em que conclui que Lula foi vítima de julgamento parcial e teve violados seus direitos políticos, civis e à privacidade.
Nas eleições deste ano, as fake news serão um veneno contra a qual temos de lutar com a melhor das armas: a verdade. A mentira foi instrumentalizada pelo governo Bolsonaro para se manter no poder, e se tornou um lucrativo negócio para alguns e um inferno para a maior parte da população mundial. Desde a eleição de Bolsonaro, o Brasil vive sob um regime de meias verdades. Bolsonaro promove e espalha mentiras como política oficial, ao invés de governar o Brasil, gerar emprego, renda, educação e garantir uma resposta responsável à covid-19.
Não bastasse encher diariamente nossos ouvidos com absurdos, ele agora mira mentir também em inglês, e tem feito diversos vídeos com desinformação e ódio – especialmente depois que passou a ser alvo da atenção de artistas internacionais, como Leonardo DiCaprio e Mark Hammil no Twitter.
Na luta pela defesa da verdade, a máxima é nunca compartilhar, nem com amigos, postagens visivelmente falsos. Qualquer publicação, mesmo que em tom de denúncia ou indignação, ajuda a aumentar a propagação desse tipo de mensagem, que visa confundir o debate sério e mudar o foco para a discussão que realmente importa. Ou seja, a sua denúncia acaba virando divulgação daquele conteúdo com que você não concorda. Então, para cada mentira, compartilhe uma verdade!
Lembre-se sempre que, por trás da desinformação, há sempre uma intenção política. É um jogo sujo que quer forçar a polarização e nos colocar contra aqueles com quem dividimos a mesa, o trabalho, o ônibus. Tentam promover a discórdia entre o povo para não ter de dar respostas efetivas sobre o que farão pelas principais necessidades do país.
O Verdade na Rede concentra as notícias e desmentidos já produzidos contra as fake news bolsonaristas. Busque a verdade, divulgue para seus familiares, amigos, vizinhos, colegas de trabalho, de igreja e vamos juntos pela Verdade!
O caminho para a verdade é simples e conta com o apoio da nossa equipe. Os passos são os seguintes:
1 – Viu uma mentira?
Não a divulgue, nem para seus amigos mais próximos. Bolsonaro quer nos afogar nas suas falsidades. Saia dessa. Respire fundo, entre em https://lula.com.br/verdadenarede/ e busque uma vacina para as fake news que não param de pingar nos seus grupos de zap.
É só ir no campo de busca e digitar uma palavra marcante da notícia falsa.
Responda a mentira com uma verdade. O nosso site reúne o material das agências de checagem e conteúdo próprio. É preciso desmontar os argumentos falsos e as narrativas fantasiosas do bolsonarismo. Ao responder à mentira, encaminhe uma das vacinas, aproveite e já envie algumas das realizações dos governos do PT para gerar um debate produtivo e sem briga.
2 – Não encontrou uma vacina?
Denuncie a fake news com a qual você se deparou. Você pode fazer isso em nosso site, clicando no botão vermelho DENUNCIE AQUI. Produziremos novas vacinas a partir das novas cepas do bolsovírus. Além disso, nosso time jurídico irá avaliar a sua denúncia e, se for necessário entraremos em contato para maiores informações.
3 – Como seguir informado?
É só se cadastrar em um dos nossos grupos de WhatsApp. Eles estão na página inicial do Verdade na Rede. Estaremos sempre de olho. Procurando as mentiras que circulam nas redes e em grupos de WhatsApp e Telegram e trazendo a verdade.
Além disso, os grupos também serão espaço para trocar informações e técnicas para eliminar as fake news. Seja um agente da verdade!
Se você ainda não foi o sorteado da vez, fique atento. É possível que um vídeo completamente mentiroso, com mais de 2,6 milhões de visualizações no YouTube, chegue em breve no seu Whatsapp trazendo uma verdadeira enciclopédia de fake news e ódio. A milícia digital bolsonarista criou e tem circulado um vídeo em inglês, com a alegação de que ele será transmitido “em todas as televisões da Europa”. Mais mentiras! O vídeo caseiro, intitulado Corrupção em Vertigem, foi inicialmente postado no Youtube em 2020 e é nada mais do que uma sequência de fake news já desmentidas, que tenta fazer um paralelo com o longa Democracia em Vertigem, premiado internacionalmente.
Com uma trilha que tenta causar emoção, as mentiras são contadas em inglês por uma voz que se assemelha à de uma criança. Tentam associar à inocência da infância um discurso odioso e mentiroso criado a partir de muito dinheiro e distribuído pela indústria do ódio e das fake news. E mais, com recursos de edição, trilha sonora e estética fajuta, têm a audácia de tentar se comparar com um documentário que é sucesso de crítica e público. Dirigido por Petra Costa, o filme Democracia em Vertigem retrata os bastidores do impeachment golpista da presidenta Dilma Rousseff, o julgamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o pleito que elegeu o extremista de direita Jair Bolsonaro. Um verdadeiro retrato do golpe, o longa acumula prêmios internacionais e foi indicado ao Oscar de Melhor Documentário de Longa Metragem em 2020.
Já de cara, o vídeo mente e ataca a imagem do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva chamando-o de bandido e de líder de uma gangue. É literalmente toda a farsa criada pela Lava Jato e já desmentida diversas vezes. Lula foi absolvido da principal acusação que a Lava-Jato fez contra ele, que era a de liderar uma organização criminosa, naquela denúncia esdrúxula que ficou conhecida por causa do PowerPoint. A Justiça considerou a acusação com viés político e a sentença foi tão forte que o Ministério Público sequer recorreu.
O texto fica ainda mais absurdo logo depois. Bolsonaro é chamado de honesto, humilde corajoso e, num delírio ainda maior, de democrata. Ele mesmo, o líder da milícia digital, um genocida que brincou com a vida do povo durante a pior crise de Saúde de nossos tempos e causou a morte de quase 650 mil pessoas.
A seguir, listamos as sete principais mentiras “gentilmente” agrupadas nessa produção de baixa qualidade e zero compromisso democrático.
É o puro suco da farsa lavajatista, que criou uma narrativa para destruir a soberania da Petrobras. Durante as gestões de Lula e Dilma, lucro e população não eram antagonistas. Pelo contrário, os governos do PT conciliavam lucros recordes sucessivos na Petrobras e combustíveis a preços acessíveis para a população. O PT não quebrou a estatal e a Petrobras não é uma empresa corrupta. Essa é justamente a raiz das mentiras criadas por Sergio Moro, Dallagnol e seus comparsas, já desmentida milhares e vezes e igualmente repetida à exaustão por gente sem caráter.
Desde que Bolsonaro assumiu, a gasolina já subiu 157% por culpa da política de dolarização adotada pela Petrobras: ganhamos em real e pagamos pela gasolina em dólar. Vale lembrar que, nos oito anos em que Lula foi presidente, com investimento e valorização da Petrobras, a gasolina subiu só R$0,43. Enquanto o governo não move uma palha para impedir que os combustíveis sejam reajustados a cada variação internacional do petróleo, a empresa aumenta o lucro sem se preocupar que os preços altos impactam a inflação, levam a um aumento generalizado do custo de vida e tornam a vida do brasileiro muito mais difícil.
Ou seja: enquanto os acionistas enchem os bolsos, o povo luta para ter qualquer dinheiro para conseguir comer e cozinhar. Isso em um país rico e autossuficiente em petróleo: produz uma média diária de 3 milhões de barris de petróleo, volume mais que suficiente para atender ao consumo doméstico, de 2,5 milhões de barris diários. Mas mesmo assim precisa importar petróleo e também derivados, como gasolina e diesel.
Não existe nenhuma razão técnica, não existe nenhuma razão político-econômica para que a Petrobras tenha tomado a decisão de internacionalizar o preço do combustível, a não ser para atender aos interesses dos acionistas, sobretudo os acionistas de Nova York.
Lula
Hoje, o aumento sem fim do preço dos combustíveis nos últimos anos, além de penalizar o brasileiro e aumentar a inflação de forma generalizada, colocou a Petrobras como a empresa do ramo de petróleo que mais lucrou em todo o mundo no primeiro trimestre de 2022, inclusive na comparação com gigantes como Shell, Exxon, Chevron e BP.
Os constantes reajustes no preço da gasolina não se devem somente ao cenário internacional, não caia nessa desculpa esfarrapada do governo federal. Desde que a Petrobras adotou a política de dolarização dos preços, subordinando os preços aos humores do mercado internacional, o Brasil produz em real e paga em dólar, o que enriquece os acionistas internacionais, mas gera um custo altíssimo para a população brasileira. Além disso, a venda de distribuidoras como a BR Distribuidora e a campanha de destruição do nome da Petrobras têm responsabilidade direta no problema.
+ Entre em um de nossos grupos de Whatsapp e torne-se um Agente da Verdade!
Nós precisamos fazer com que a Petrobras volte a ser uma grande empresa nacional, uma das maiores do mundo. Colocá-la de novo a serviço do povo brasileiro e não dos grandes acionistas estrangeiros. Fazer outra vez do Pré-Sal o nosso passaporte para o futuro, financiando a saúde, a educação e a ciência.
Lula
A verdade sobre a transposição é bem diferente desse delírio bolsonarista. Lula teve a coragem histórica de iniciar o Projeto de Integração do Rio São Francisco, que estava há 170 anos no papel! Os governos de Lula e Dilma Rousseff foram responsáveis pela execução de 88% das obras do empreendimento, que vai garantir acesso à água a mais de 12 milhões de pessoas em 390 municípios dos estados de Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará.
Em maio de 2016, mês do golpe contra Dilma, a obra ocorria 24 horas por dia, com 9 mil trabalhadores e 3 mil equipamentos, trabalhando para levar dignidades para as populações do semiárido e demais regiões onde a escassez limita a qualidade de vida e a atividade econômica. Em 2019, a fábrica de fake news e desinformação bolsonarista produziu uma série de posts enaltecendo a atuação do presidente na condução das obras. Só que, no ritmo que Bolsonaro levou para finalizar os apenas 7% que faltavam da transposição quando assumiu o governo, a obra demoraria 43 anos para ser concluída.
Eu só espero que o Bolsonaro, que está fazendo viagem para inaugurar o pedacinho que ele concluiu, tenha a coragem de dizer: ‘Eu estou inaugurando aqui, mas quem começou essa obra foi o presidente Lula’
Lula em 2019
Enquanto requentam mentiras sobre a transposição, Bolsonaro e seus asseclas criam cortina de fumaça para o toma lá, dá cá que é o governo Bolsonaro, um belo exemplo da velha política que ele criticou apenas para tentar se eleger.
O que eles tentam esconder é uma grave denúncia de corrupção envolvendo os altos escalões do governo, apelidada de bolsolão do asfalto. A empreiteira Engefort, de Imperatriz, no Maranhão, tem conquistado a maioria das concorrências de pavimentação do governo Bolsonaro em diferentes licitações nas quais participou sozinha ou na companhia de uma empresa de fachada registrada em nome do irmão de seus sócios. A raiz do problema é a farra do orçamento secreto: fonte de 70% dos recursos recebidos por ela até agora.
A empresa é líder dos repasses da Codevasf, estatal federal entregue por Bolsonaro numa barganha política que afrouxou o controle sobre as obras, e também se beneficia de verbas de emendas parlamentares. No ano passado, foi a segunda construtora mais contratada pelo governo federal com dinheiro público, apesar de não ter comprovado no balanço o valor real das obras executadas, como apontou uma auditoria independente.
Essa não é a primeira vez que a população denuncia a péssima qualidade das obras de pavimentação neste governo, e começaram a vir à tona pouco depois da manobra. Na cidade de Petrolina, os moradores nem se atrevem a chamar aquilo de asfalto. Por lá, o nome é farofa ou Sonrisal. A qualidade é tão baixa que o pavimento derrete sob o sol quente (que não são poucos já que estamos falando de Pernambuco) e gruda na sola dos sapatos de quem anda por aí. Quando quebra em pedaços, se esfarela, daí os apelidos “carinhosos”.
Ou seja, quando Bolsonaro de fato faz algo que parece positivo, e não só inaugura obras construídas quase que majoritariamente nos governos petistas, o presidente na verdade está fazendo politicagem. E com o agravante da falta de transparência, do afrouxamento da fiscalização e da péssima qualidade do que entrega. Não é à toa que um levantamento realizado pela agência de checagem Aos Fatos revelou que Bolsonaro deu 7 declarações falsas ou distorcidas por dia. Em muitas delas, tenta se apropriar do legado dos governos de Luiz Inácio Lula da Silva, chegando a creditar a Jair obras e projetos que nunca foram desenvolvidos por ele.
O governo que nada fez pelo Brasil, divulgou, em 2020, uma lista de 33 inaugurações que faria no segundo semestre daquele ano. Dessas, 25 obras da lista foram planejadas pelos governos petistas, 2 começaram a ser executadas no governo do golpista Michel Temer e apenas 6 saíram do papel no atual governo, mas já eram discutidas nas gestões passadas.
+ Como denunciar mentiras e fake news do bolsonarismo
Das 18 obras rodoviárias da lista falseada, apenas uma foi inteiramente conduzida pelo Ministério de Bolsonaro. Todas as outras fizeram parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), criado pelo governo do PT em 2007. Ele também mente sobre a substituição de programas de sucesso por projetos que assistem menos pessoas, como o Minha Casa, Minha Vida e o Bolsa Família – maior programa de transferência de renda do mundo – implementado por Lula há 18 anos, por um novo programa que vai deixar 29 milhões de famílias desamparadas.
Desde o início de sua campanha presidencial, em 2018, Jair Bolsonaro dedica-se a espalhar mentiras e desinformação sobre o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento) , grande indutor de desenvolvimento durante os governos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do PT. A verdade é que entre 2002 e 2010, ao longo dos dois mandatos de Lula, o lucro do banco aumentou quase 18 vezes: passou de R$ 560 milhões para R$ 9,9 bilhões, mesmo com a crise econômica mundial de 2008.
O BNDES, que não financiava obras em países estrangeiros, mas sim a exportação de bens e serviços brasileiros (inclusive de engenharia para o exterior), investia em empresas brasileiras que geram empregos no Brasil ao fazerem exportações.
Além disso, o principal mercado dessas exportações financiadas pelo banco foram os Estados Unidos, e não países sobre os quais muito se fala, como Cuba, Angola e Venezuela. Portanto, cai por terra o argumento dos radicais da direita cairia por terra já que os norte-americanos corresponderam por mais de 40% de sua atuação de 1998 até 2016.
No pior momento econômico da história recente do Brasil, o BNDES se tornou bode expiatório para os criadores de fake news como forma de desviar a atenção da grave crise econômica que o Brasil atravessa. Um país rico, com gente dedicada e capaz de proezas impressionantes, em que o povo não tem sequer o que comer, a inflação voltou a ser um monstro nos lares e as pessoas são tratadas como massas de manobra guiadas por mentiras políticas.
Esta fake news vem com requintes especiais de crueldade. O acesso ao saneamento é medida essencial para que as pessoas tenham água para beber e não precisem viver literalmente no esgoto. É um retrato da pobreza
: mais de 100 milhões de pessoas ainda não têm acesso à coleta de esgoto e 35 milhões não têm água tratada.
O objetivo dessa mentiraé alimentar a sanha privatista de um governo que não consegue gerir nem a si mesmo, que dirá a economia e as importantes estatais brasileiras. O saneamento básico, tido como item certo pela população mais abastada, é ainda hoje um item de difícil acesso para boa parte de quem vive na pobreza ao redor do mundo. Não é de hoje que o Brasil discute a privatização do saneamento básico. Falar disso em um país com mais de 27 milhões de pessoas vivendo abaixo da linha da pobreza (FGV) é, no mínimo, cruel.
A primeira tentativa de privatizar o saneamento básico veio no governo de Fernando Henrique Cardoso e foi enterrada de vez pelo presidente Lula, assim que assumiu a presidência. O investimento recorde no setor rompeu o apagão do saneamento básico que se vivenciava no Brasil. Entre 2002 e 2015, a coleta de esgoto domiciliar cresceu 27% no país. O aumento foi exponencialmente maior na região Norte – 325% de crescimento na rede de coleta de esgoto entre 2002 e 2015.
O acesso à água também cresceu para toda a população, mas cresceu muito mais para aqueles mais pobres: entre 2002 e 2015, o acesso à água cresceu 7 vezes mais rapidamente para a camada dos 5% mais pobres da população.
Lula colocou o saneamento no PAC e disponibilizou, só em 2007, 12 bilhões de reais para o setor. Enquanto isso, a Secretaria Nacional de Saneamento trabalhava em um projeto de lei que norteasse as ações de saneamento no Brasil. Essa proposta se efetivou com a promulgação da Lei Federal nº11.445/2007, que define os elementos que constituem o saneamento básico: abastecimento e tratamento de água, esgotamento sanitário e manejo dos resíduos sólidos e das águas pluviais.
Haja estômago para aguentar os repetidos ataques contra os estudantes e professores das escolas brasileiras. Não há, nem nunca houve, qualquer prova sobre essas acusações, que repete a cartilha de 2018 de atacar a educação com mentiras e ódio. Trata-se dos mesmos criadores de mentiras como o kit gay e outros sem fim. Por que o governo Bolsonaro é inimigo da educação?
Um dos mais abjetos escândalos de um governo que “não tem corrupção”, porque não deixa ter investigação está na educação. Não só pela sádica postura durante a pandemia de covid-19, que deixou milhares de alunos fora das escolas e com atrasos preocupantes de aprendizados, mas também pelo obscurantismo promovido pelos ministros de Bolsonaro, todos reprodutores de que espaços de aprendizado são lugares de práticas criminosas ou escusas. Balanço do Orçamento da União, feito pelo Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc), mostra que a educação passa por um processo de desfinanciamento no atual governo, com redução de R$ 8 bilhões na execução financeira, entre 2019 e 2021.
A Educação foi negligenciada e transformada em balcão de negócios por esse governo em plena pandemia, quando as escolas passaram por um período difícil de adaptação e os alunos sofrem com o atraso causado pelas necessárias medidas de isolamento. Mas a preocupação com as crianças, jovens e professores, ao que tudo indica, é apenas nossa. Acuado por denúncias, o ex-ministro Milton Ribeiro foi exonerado do cargo em 28 de março, dias depois de a Folha de S. Paulo revelar áudios em que o ele dizia priorizar prefeituras cujos pedidos de liberação de verbas fossem negociados por dois pastores sem cargo e que atuavam em um esquema informal dentro do MEC, como em um gabinete paralelo. Depois que a gravação repercutiu, ele negou o pedido de Bolsonaro, mas a crise se instalou para ficar no ministério. Ribeiro foi o quarto a ocupar a pasta em três anos.
Paralelamente a isso, explodiu o esquema das escolas fake. Em resumo, não há dinheiro sequer para terminar 3,5 mil unidades em construção há anos. Ainda assim, o MEC autorizou a construção de 2 mil novas unidades em pleno ano eleitoral sem que haja qualquer previsão de conclusão das obras. A base do esquema é o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), controlado pelo chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, conforme revelado pelo jornal O Estado de S. Paulo. O fundo precisaria ter R$ 5,9 bilhões para tocar todas as novas escolas contratadas. Com o orçamento atual, isso levaria 51 anos.
Mas nem só de escolas que (ainda) não existem se faz um escândalo. Jair Bolsonaro destinou R$ 26 milhões de recurso do Ministério da Educação (MEC) para a compra de kits de robótica para escolas de pequenos municípios de Alagoas que nem sequer contam com água encanada e computadores. Antes, ainda, o Ministério da Educação foi acusado de tentar superfaturar em mais de R$ 700 milhões a compra de ônibus escolares.
A realidade atual é bem diferente daquela do governo Lula, quando foram criadas 18 novas universidades federais, 184 novos campi universitários, 500 novas escolas técnicas e dois milhões de bolsas do Prouni. O ex-presidente Lula tem incluído o “cuidar da educação” como uma das tarefas prioritárias na reconstrução do país que se faz necessária após os retrocessos do governo Bolsonaro. Ele tem demonstrado preocupação especial com a defasagem a que crianças e jovens de famílias mais pobres foram expostos durante a pandemia por causa da falta de condições adequadas para acompanhar o ensino no formato remoto. Muitas famílias não tinham equipamento nem conexão de internet suficiente para o modelo de ensino à distância.
Lula afirma que é preciso fazer o que foi feito nos governos do PT, com o orçamento permitindo que as universidades funcionem em sua plenitude e dando garantias a professores, pesquisadores e especialistas. “Universidade sem dinheiro, sem laboratório, sem capacidade de pesquisa, não vale muita coisa. Então, o que nós vamos fazer é recompor orçamento dessas universidades, fazer mais investimento em ciência e tecnologia, fazer mais investimento nas escolas técnicas, para que a gente possa ter uma parcela da sociedade altamente qualificada”, disse recentemente.
Criadores de mentiras são pessoas tão arrogantes que realmente pensam que o povo não tem memória ou acesso à informação. Uma busca simples no Google refresca a memória para o fato de que Bolsonaro ativamente lutou para impedir qualquer forma de auxílio durante os meses mais duros de uma pandemia que deixou o país em luto. Para ele, a ciência e as formas que se provaram efetivas no combate à disseminação da covid-19 eram “frescura”, e ao povo cabia apenas continuar trabalhando e morrendo de uma doença ainda sem cura e cujos efeitos a médio e longo prazo são ainda pouco conhecidos.
Foi o Congresso Nacional quem pressionou o presidente a fazer alguma coisa de útil com sua caneta. Sim, Bolsonaro era contra o auxílio e hoje quer sair bem nas fotos com seu disfarce de estadista que cuida do povo. Sem conseguir ganhar nesse braço de ferro, o presidente fez então o que faz de melhor, e promoveu um programa cheio de inconsistências lançado como uma muleta para substituir as pernas do povo brasileiro, que era o Bolsa Família. Por pura picuinha política e ideológica, destrói-se, sem um substituto à altura, o maior programa de distribuição de renda e combate à pobreza do mundo.
Com a inflação mais alta registrada em um mês de abril em 26 anos e mais de 12% nos últimos 12 meses, a renda do trabalhador brasileiro segue em processo de encolhimento. Uma projeção do jornal O Estado de S. Paulo indicou que a fila de pessoas esperando para receber o Auxílio Brasil teria subido para pelo menos 1,3 milhão em março, sem previsão de queda. É importante lembrar que, ao extinguir o Bolsa Família e criar o seu substituto inicialmente com 14,5 milhões de beneficiários, o governo federal deixou de atender cerca de 29 milhões de famílias.
O grande sucesso do Bolsa Família era que ele tinha um Cadastro Único, que os prefeitos participavam, ou seja, era uma coisa consolidada. O presidente poderia ter dado um aumento ao Bolsa Família e ter deixado. Mas o presidente, como todo e qualquer político medíocre, como todo e qualquer político pequeno, como todo e qualquer político que joga rasteiro, ele acha que ele pode enganar a população tentando inventar um programa para dizer que é seu no ano eleitoral.
Lula
Triplex, Atibaia, caças gripen… São várias as mentiras que você vê todos os dias tentando associar Lula a crimes que, já foi mais do que provado, ele nunca cometeu. A defesa do ex-presidente acumula 25 vitórias judiciais, em absolutamente todos os processos que eram movidos contra ele. Além disto, o Superior Tribunal de Justiça determinou que o ex-procurador Deltan Dallagnol (o do power point) terá de indenizar Lula por danos morais.
Vale lembrar que todos os processos que tiveram o envolvimento do ex-juiz e ex-ministro de Bolsonaro, Sérgio Moro, foram anulados devido à suspeição de Moro para julgar os casos e porque o ex-juiz não poderia ter julgado Lula em Curitiba, de acordo com acórdão do Supremo. Moro foi parcial, suspeito e atuou contra Lula, o que configurou o processo de ilegalidade em todas as instâncias. Nos casos em que o ex-presidente foi julgado fora de Curitiba, ele acabou absolvido ou as acusações foram rejeitadas pela ausência de provas.
Lula foi absolvido da principal acusação que a Lava-Jato fez contra ele. Em abril, o Comitê de Direitos Humanos da ONU divulgou decisão em que conclui que Lula foi vítima de julgamento parcial e teve violados seus direitos políticos, civis e à privacidade.
Nas eleições deste ano, as fake news serão um veneno contra a qual temos de lutar com a melhor das armas: a verdade. A mentira foi instrumentalizada pelo governo Bolsonaro para se manter no poder, e se tornou um lucrativo negócio para alguns e um inferno para a maior parte da população mundial. Desde a eleição de Bolsonaro, o Brasil vive sob um regime de meias verdades. Bolsonaro promove e espalha mentiras como política oficial, ao invés de governar o Brasil, gerar emprego, renda, educação e garantir uma resposta responsável à covid-19.
Não bastasse encher diariamente nossos ouvidos com absurdos, ele agora mira mentir também em inglês, e tem feito diversos vídeos com desinformação e ódio – especialmente depois que passou a ser alvo da atenção de artistas internacionais, como Leonardo DiCaprio e Mark Hammil no Twitter.
Na luta pela defesa da verdade, a máxima é nunca compartilhar, nem com amigos, postagens visivelmente falsos. Qualquer publicação, mesmo que em tom de denúncia ou indignação, ajuda a aumentar a propagação desse tipo de mensagem, que visa confundir o debate sério e mudar o foco para a discussão que realmente importa. Ou seja, a sua denúncia acaba virando divulgação daquele conteúdo com que você não concorda. Então, para cada mentira, compartilhe uma verdade!
Lembre-se sempre que, por trás da desinformação, há sempre uma intenção política. É um jogo sujo que quer forçar a polarização e nos colocar contra aqueles com quem dividimos a mesa, o trabalho, o ônibus. Tentam promover a discórdia entre o povo para não ter de dar respostas efetivas sobre o que farão pelas principais necessidades do país.
O Verdade na Rede concentra as notícias e desmentidos já produzidos contra as fake news bolsonaristas. Busque a verdade, divulgue para seus familiares, amigos, vizinhos, colegas de trabalho, de igreja e vamos juntos pela Verdade!
O caminho para a verdade é simples e conta com o apoio da nossa equipe. Os passos são os seguintes:
1 – Viu uma mentira?
Não a divulgue, nem para seus amigos mais próximos. Bolsonaro quer nos afogar nas suas falsidades. Saia dessa. Respire fundo, entre em https://lula.com.br/verdadenarede/ e busque uma vacina para as fake news que não param de pingar nos seus grupos de zap.
É só ir no campo de busca e digitar uma palavra marcante da notícia falsa.
Responda a mentira com uma verdade. O nosso site reúne o material das agências de checagem e conteúdo próprio. É preciso desmontar os argumentos falsos e as narrativas fantasiosas do bolsonarismo. Ao responder à mentira, encaminhe uma das vacinas, aproveite e já envie algumas das realizações dos governos do PT para gerar um debate produtivo e sem briga.
2 – Não encontrou uma vacina?
Denuncie a fake news com a qual você se deparou. Você pode fazer isso em nosso site, clicando no botão vermelho DENUNCIE AQUI. Produziremos novas vacinas a partir das novas cepas do bolsovírus. Além disso, nosso time jurídico irá avaliar a sua denúncia e, se for necessário entraremos em contato para maiores informações.
3 – Como seguir informado?
É só se cadastrar em um dos nossos grupos de WhatsApp. Eles estão na página inicial do Verdade na Rede. Estaremos sempre de olho. Procurando as mentiras que circulam nas redes e em grupos de WhatsApp e Telegram e trazendo a verdade.
Além disso, os grupos também serão espaço para trocar informações e técnicas para eliminar as fake news. Seja um agente da verdade!
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